quinta-feira, 25 de junho de 2009

Música instrumental na Av. Paulista

O programa Instrumental Sesc Brasil, que tomou conta da programação neste mês de junho da unidade Avenida Paulista, terá um ótimo show no dia 30, terça-feira próxima, às 19h. O melhor: é de graça; basta chegar com uma hora de antecedência. Os ingressos serão distribuídos até a capacidade da sala (230 lugares).

O duo formado por Rogério Souza e Jens Viggo Fjord será responsável por um show, no mínimo, antológico. Jens Figgo é natural da Dinamarca e nos mais de 20 anos de carreira, se especializou em música brasileira e flamenca, sendo um virtuose no instrumento. Já Rogério Souza, carioca, faz parte desde 1980 do grupo Nó em Pingo D’Água. Tem em seu portfólio 4 CD’s em parceria com o irmão, Ronaldo do Bandolim.

Esse será um show fabuloso. A fusão entre o estilo de um artista escandinavo com um legítimo tupiniquim gerará uma música híbrida incapaz de classificação. Para quem é fã de música instrumental, principalmente violão, é imperdível.

É importante ressaltar aqui que o Sesc oferece sempre, em todas as suas unidades, sem exceção, programações variada, em conta e ricas em diversas vertentes culturais. Essa apresentação, como todas as outras, será gravada e transmitida pelo SESCTV.

Toda a programação e mais informações estão disponíveis em www.sesctv.org.br

Por Leonardo Cassio

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Reino

A indústria do petróleo, os conflitos no Oriente Médio, a relação antiga entre Estados Unidos e Arábia Saudita. Esses são temas abordados em uma quantidade enorme de filmes, cada um com um objetivo, já que esses assuntos rendem uma ótima prosa.

O Reino (The Kingdom, 2007) é um filme predominantemente de ação que busca, nessas pesadas questões políticas, ser um filme denso, provocativo e questionador. Não consegue. É um filme de ação.

O início do filme é bem interessante, sendo uma aula dinamizada da relação entre Estados Unidos e Arábia Saudita. Os pontos vitais abordados são a Crise do Petróleo e os atentados de 11 de Setembro. Porém, toda essa exposição informativa perde força quando o filme, que tinha cara de contestador, se concentra na ação, única e exclusivamente.

A trama se concentra na Arábia Saudita. Durante um jogo em um local habitado por americanos, dois homens começam atirar impiedosamente nas pessoas que estavam se divertindo. Após o acontecido, uma onda de explosões se intensifica e, após a morte de um dos membros do FBI, um grupo se articula para ir ao país saudita, visando esclarecer o que houve. Na verdade, eles buscam vingança, mas o discurso vai disfarçado...

Após uma série de contratempos e empecilhos burocráticos, Ronald Fleury (Jammie Foxx), Grant Sykes (Chris Cooper), Adam Leavitt (Jason Bateman) e Janet Mayes (Jennifer Garner) conseguem, como diz a frase chavão, burlar o sistema e partir para o Reino do Petróleo.

Em território desconhecido, o quarteto é obrigado a se submeter às imposições dos policiais locais, que em pouco tempo se rendem aos pedidos do grupo do FBI. A partir de então, tudo previsível: uma série de bombas, tiros, porradas. O filme seria excelente, se não fosse a cilada na qual muitos diretores — no caso aqui, Peter Berg — caem: a de transformar os americanos em coitados que fazem justiça, sendo eles a própria lei, a verdade eterna, os sempre corretos, os mais inteligentes, os senhores da razão, enfim... A Liga da Justiça. Isso é chato. Muito chato.

No entanto, como filme de ação, O Reino funciona muito bem. Tem todos os elementos necessários a um longa deste estilo. O problema foi querer conferir à trama uma cara política, que fica perdida logo após o primeiro trecho filme. Pode-se destacar como ponto forte a atuação de Jammie Foxx, que já havia mostrado potencial em outros filmes de ação, como Miami Vice. Mas isso não é suficiente para tornar o Reino em um grande filme. Ele naufraga justamente no seu ponto central: a de querer justificar justiça pelo viés da vingança.

Por Leonardo Cassio

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cordel em Osasco

Amanhã será realizado o III Sarau da Educação, com atividades relacionadas à literatura de Cordel.

A literatura de cordel veio de Portugal, onde as poesias, impressas em um tipo de papel de baixa qualidade, eram expostas penduradas em cordas ou cordéis (barbantes).

Nesse evento de amanhã, em Osasco, os participantes poderão conferir:

- Varal de poesias de cordel;
- Jesus no xadrez, com Claudio Cantori;
- Lampião, com o ator Daniel Cucolo;
- Exposição de quadros e fotos sobre o tema;
- Exposição de fotos do II Sarau;
- Música com Josias Corría;
- Frevo com o professor Élson César Leite.

III Sarau da Educação
Centro de Formação dos Profissionais da Educação
Av. Marechal Rondon, 263 - Centro - Osasco - SP
Horário: das 19h às 22h.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lei Rouanet na TV Cultura

Hoje, 18 de junho, às 23h10, a TV Cultura exibirá um programa especial com o tema: "Cultura do Incentivo: Lei Rouanet", em que serão abordadas as mudanças no texto da Lei Federal de Incentivo à Cultura (nº 8.313).

Assuntos como a centralização de verba, a criação do vale-cultura e as novas faixas de isenção fiscal da Lei Rouanet serão debatidos por diversos profissionais da cultura, entre eles: o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o crítico e curador do MASP, José Roberto Teixeira Coelho; o consultor e pesquisador de políticas culturais Leonardo Brand e o ator, integrante da Cia. do Latão e presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Ney Piacentini.


Cultura do Incentivo: Lei Rouanet
TV Cultura
Quinta-feira, 18 de junho, 23h10

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Festa do Teatro

Recebi uns e-mails muito fofos hoje, todos com o maravilhoso tema: Festa do Teatro.

Meus amigos ficaram sabendo desse evento pela Comunicação Interna de onde eles trabalham e me encaminharam, porque falaram que se lembraram de mim. Achei o máximo!!!

Em uma das respostas que enviei, fiz alguns comentários sobre cada peça a que eu assisti ou que eu já tinha ouvido falar. Aí pensei: "Hum... interessante colocar essas infos no Cult Cultura!"

Abaixo, seguem minhas opiniões. Já aviso que são apenas comentários, e não críticas profundas, porém, podem servir pra você decidir entre uma peça ou outra.

Bom, só pra começar, a "Festa do Teatro" é um evento que visa formar plateias de teatro! Lembram-se do Projeto Incógnita? É mais ou menos a mesma coisa! Um dos realizadores desse evento é o Grupo Parlapatões... Isso mesmo! Aqueles do teatro-bar da Praça Roosevelt: se nunca foram, vale a pena! Fica a dica.

Os ingressos (2 por pessoa) serão distribuídos nos dias 18, 23 e 26 de junho, em 5 pontos: Centro Cultural São Paulo, Teatro Municipal, e nos postos colantes da Lapa, Vila Formosa e Santo Amaro (mais detalhes, no final do post).
É importante dizer que o patrocinador do evento é a CCR, um dos maiores grupos de concessão de rodovias do país. Empresários, sigam esse exemplo!

"A alma imoral" é fantástica. Saí de lá com vontade de ver de novo. É uma peça que fala sobre a vida, que quebra paradigmas. Você sai de lá diferente, com outra visão de mundo.

Meu amigo foi assistir a "A noviça rebelde" é disse que é excelente! A produção é perfeita. Parece Broadway, mesmo!

"A cabra ou quem é Sylvia?" é dirigida pelo Jô Soares e tem o José Wilker no elenco. Não assisti, mas me falaram que é meio forte, pq aborda o tema "zoofilia".

"A filosofia da Alcova" eu não assisti, mas eu imagino que seja meio forte, no estilo de "120 dias de Sodoma", ou seja, uma energia beeem pesada. Quem quiser sentir emoções diferentes, vale a pena ir!

Saíram boas críticas sobre "A noite mais fria do ano". O grupo é do pessoal da Praça Roosevelt. um dos atores é o Mario Bortolotto. Eles ficaram em cartaz no Sesc Paulista.

Alguns amigos meus assistiram a "A vida secreta de Batman e Robin"e gostaram muito. Mas tem que ir pra se divertir, sem esperar humor muito intelectual.

"Aldeotas" é com o Caco Ciocler, em cartaz no Tucarena (teatro da Puc). Pelo que eu li, é uma peça focada na dramaturgia e na interpretação do ator. Sem grandes produções. Recomendo peças desse estilo! E quero ver Aldeotas! A direção é da Quito, professora da EAD-USP.

O produtor de "Assim com Rose" é meu amigo. Confio no bom gosto dele! Afinal, o texto tem como referência, 3 contos de Mario de Andrade. Apesar de eu não ter assistido, tudo indica que é louvável!

Um amigo meu assistiu "Beatles num céu de Diamantes" no Festival de Curitiba no ano passado e falou que foi uma das melhores peças que ele já viu! A trilha sonora, obviamente, é composta de músicas dos Beatles.

"Carro de Paulista" eu assisti umas 3 vezes. A TV Cultura está gravando um telefilme sobre a peça, que tem feito o maior sucesso há anos. É boa, mas tem muito palavrão, ou seja, tirem as crianças da sala, hehehe.

"Coisa boa pra você" já foi citado no Cult Cultura! Vejam: http://cultcultura.blogspot.com/2009/05/coisa-boa-pra-voce.html

Uma amiga minha assistiu a "Como passar em concurso público" e me recomendou. Ela falou que ela e o marido dela riram do começo ao fim.

"Dona Flor e seus 2 maridos" é no Teatro da FAAP (lê-se: caríssimoooo!). Vale a pena ver essa peça de graça!

"Emoções que o tempo não apaga" está em cartaz há bastante tempo no Teatro Maksoud, mas ainda nao vi, nao...

Eu li uns releases sobre "Eu tenho a última temporada" e fiquei a fim de assistir! Acho que é engraçado! Fala sobre um grupo viciado em séries de TV! Falam sobre Lost e cia.

"Happy Hour" é com o Juca de Oliveira! Me falaram que é fantástica!!! Sem contar que Juca é Juca, né? Um superdramaturgo!

"Improvável" é muito bom!!! Tem vários vídeos deles no Youtube. É uma peça de improvisação. Cada dia é diferente do outro não só pela Improvisação, como também porque há substituição de atores: Tem um grupo fixo (que são Os Barbixas), 1 mestre de cerimônias e 1 ator convidado. O mestre e o ator mudam a cada apresentação. Quem será que vai participar? Já participaram: Marcelo Tas, Rafinha Bastos, Marianna Armellini e Cristiane Wersom (dAs Olívias).

Quem fazia "Mãos ao alto, SP" eram o Marcos Mion e a Rosi Campos (a Morgana do Castelo Rá-Tim-Bum, lembram? Ele é um ótimo ator, acreditem! Se eles ainda estiverem no elenco, vale a pena conferir!

"No meio do Caminho" eu assisti no Festival de Curitiba desse ano. Fiz uma crítica para o Jornalirismo. Clique aqui.

"O amante do meu marido" é com o Mateus Carrieri. A história é bem fraquinha. É divertida. Tem gente que chora de rir, mas também não vá esperando um humor muito inusitado. É humor de domingo.
"O mistério de Irma Vap" é dirigido pela Marília Pêra e encenado por Marcelo Médici e Cássio Scapin. Preciso falar mais alguma coisa?

"Oceano" deve ser peculiar! É uma peça circense do Parlapatões que estreou na Ópera de Arame, no Festival de Curitiba. Todos os ingressos estavam esgotados, inclusive pra imprensa!

"120 dias de Sodoma" eu achei muito pesado. Marquês de Sade, né?

Já vi alguns "Prêt-a-porter", mas nao curti muito, nao... Achei que os atores são meio artificiais. Mas esse eu não vi (Prêt-a-Porter Coletânea 2), então pode ser que tenha melhorado!

"Querido Mundo" é meio sem graça. Vc sai como entrou. Nao agrega muita coisa, nao...

Assisti a algumas cenas do "Quinta que Pariu", no "Nunca Se Sábado". É engraçado, mas nada de extraordinário.

Vergonhosamente, ainda não assisti ao "Trair e Coçar é só começar", que está em cartaz desde a época da Dercy. Se faz tanto sucesso, deve ser muito boa!

"Vestido de noiva" é uma peça do Nelson Rodrigues, mas essa montagem com o Marcelo Anthony é totalmente diferente do convencional. Eu, particularmente, curto mais as montagens diferentes das peças do Nelson, porque aquelas convencionais, que se apegam muito à dramaturgia, são bem fortes!

Postos de Distribuição

Posto Centro Cultural São Paulo (Foyer
Endereço: Rua Vergueiro, n° 1000.
Dias de distribuição: 18, 23 e 26 das 16:00 às 20:00
Posto Teatro Municipal
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, S/N
Dias de distribuição:18, 23 e 26/06 das 11:00 às 15:00

Posto Volante Lapa
Endereço: Biblioteca Mário Schenberg - Rua Catão, 611
Dias de distribuição: 18/06 das 13:00 às 17:00

Posto Volante Vila Formosa
Endereço: Biblioteca Paulo Setúbal - Av. Renata, 163
Dia de distribuição: 23/06 das 13:00 às 17:00

Posto Volante Santo Amaro
Endereço: Biblioteca Pref. Prestes Maia - Av. João Dias, 822
Dia de distribuição: 26/06 das 13:00 às 17:00

Se quiserem receber a lista de peças e datas de distribuição dos ingressos, enviem um e-mail para cultcultura@gmail.com, fazendo sua solicitação.

Para mais informações, acessem: http://www.festadoteatro.com.br/

Por Thais Polimeni

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Orquestra Jazz Sinfônica

Ao longo do tempo, uma barreira enorme foi criada afastando a população da dita "música clássica", tornando a música popular e folclórica a expressão da criatividade e acesso popular. Uma vez que a musica erudita é para... Eruditos (!!), para os demais, resta o bom e velho pão e circo que nos é empurrado goela abaixo ao ligarmos a televisão, rádio, ao andarmos pelas ruas.

Pois bem, visando quebrar esse estigma classicista é que, em 1990 foi criada a Orquestra Jazz Sinfônica. Para uns, uma forma de dar tratamento sinfônico à música popular, para outros, uma estratégia que visa o acesso da população à música clássica.

A Orquestra Jazz Sinfônica visa à reprodução da música popular mundial (com especial atenção à brasileira, claro) em moldes clássicos, tendo recebido, em seus 19 anos de trabalho, compositores e intérpretes de valiosa representatividade, como Caetano Veloso, João Bosco, Gal Costa, Nana Caymmi, entre muitos outros.

Na última sexta e sábado (12 e 13 de junho) a Jazz convidou Rodolfo Mederos, músico argentino e referência na arte de tocar o bandoneon. Juntos, deram nova roupagem ao tango, trazendo o vigor de Volver, El Caburé e El dia que me quieras para as poltronas do lotado Auditório Ibirapuera. Impossível não se sentir tocado pelos violoncelos, violinos, viola e bandoneon, todos sinceros como a vida, passionais como o tango.

Em pequeno discurso, Rodolfo Mederos fez observações sobre a realidade da música mundial, massificada pela globalização e sem identidade. Defende e reafirma a sua cultura ao apresentar o tango de forma tão íntima. Foi um espetáculo vibrante.

Mensalmente, a Orquestra Jazz Sinfônica se apresenta no Auditório Ibirapuera, sempre com novos temas e novas parcerias. Para mais informações clique aqui

Por Bárbara Pegoraro, leitora e colaboradora do Cult Cultura.
Foto do blog http://cultural.colband.blog.br