Tenho percebido que está havendo um movimento de resgate da cultura brasileira.
Semana passada assisti a 2 filmes cujo foco era a arte/ entretenimento nos anos 60/ 70: “Uma Noite em 67”, sobre o Festival de MPB e “Dzi Croquettes”, documentário sobre o grupo (de teatro? Música? Dança?) homônimo.
Apesar da imensa importância do Dzi Croquettes para a formação da cultura de nosso país, devo confessar que não tinha conhecimento sobre tal grupo, o que me faz refletir sobre a quantidade de produção cultural já feita no Brasil e à qual poucos – mas poucos meeesmo – têm acesso.
O Dzi Croquettes foi um grupo que surgiu em 1972. Eram 13 homens performáticos que se apresentavam em teatros, misturando música, teatro e dança. Tudo com uma qualidade impecável, resultado de 8 horas diárias de ensaio.
Muita cor, uma energia deliciosíssima e criação de tendências vistas e discutidas até hoje, o Dzi Croquettes inspirou grandes nomes da atual classe artística, que dão emocionantes depoimentos no documentário: Ney Matogrosso, Claudia Raia, Nelson Motta, Gilberto Gil, Miguel Falabella, Marilia Pêra, Betty Faria, além de artistas internacionais, como Liza Minnelli.
As origens de expressões e gírias são citadas e explicadas, como é o caso da palavra “Tiete” (explicação hilária!).
Muito mais do que entretenimento, “Dzi Croquettes” nos leva a profundas reflexões sobre temas como preconceito, relacionamentos e modelos de convivência.
"Não somos homens, nem mulheres, somos gente" – Dzi Croquettes
Por Thais Polimeni
Um comentário:
Realmente Thais, é um filme mais que necessário.
Para mim também eram artistas desconhecidos e conforme eu me impressionava com o documentário, só me perguntava isso: "Como assim? Onde estavam essa GENTE?".
Adorei o texto!
William
Postar um comentário