sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Campus Party

A CCE está fazendo uma ação interessantíssima no Campus Party (maior evento de internet e tecnologia do mundo, que está acontecendo em São Paulo desde o dia 25 de janeiro): o "Desconectados CCE".

Desde que eu entrei no mercado de trabalho (sou formada em Publicidade), percebi que a área cultural tem uma enorme necessidade de divulgação e há poucos profissionais habilitados para isso, além, é claro, de pouca - ou quase nenhuma - verba para tal ação.

Assim, criei, com a uma amiga - Adriana Ferrari - este blog, para divulgar atividades culturais de qualidade. Em 2009, iniciei uma parceria com meu amigo Leonardo Cássio e muita coisa boa tem acontecido, como termos recebido o Top 3 no Prêmio Top Blog. Entre outras coisas, estamos trabalhando com divulgação de artistas e projetos culturais não somente através de blog, como também por outras redes sociais - Twitter, Youtube, Facebook, Orkut, etc. Essas ferramentas são extremamente eficazes e infinitamente mais baratas do que a publicidade tradicional.

Essa ação da CCE tem tudo a ver com que o Cult Cultura (eu e o Leo) pensa. O "Desconectados" funciona da seguinte forma: durante os 7 dias do Campus Party, 4 grupos terão a missão de conquistarem um lugar no mundo digital. Os grupos são: José, o artesão de máscaras que veio do Chile e expõe na Benedito Calixto; Sonhador e Peneira, a dupla de repentistas; Renan, um florista da Dr. Arnaldo e as costureiras da ONG Retece. Todos sem inicialmente sem e-mail, sem páginas do Orkut, sem saber o que é blog. Todos, coincidentemente, da área cultural. Todos, a caminho da descoberta das vantagens da inclusão digital.

Essa ação é transmitida ao vivo pelo Twitter e pelo blog da campanha.

Acessem e descubram:

Twitter: www.twitter.com/desconectadocce
Blog: http://desconectadoscce.posterous.com/
Youtube: www.youtube.com/user/desconectadoscce
Facebook: www.facebook.com/desconectadoscce
Orkut: www.migre.me/hf54
Flickr: www.flickr.com/photos/desconectadoscce

Por Thais Polimeni
Assessoria de imprensa: Diabloa4 - Érica Hans

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tyson

Simples como sua origem e direto como seus golpes, o documentário Tyson conta a história de um Mike Tyson aposentado, pai, e ainda em conflito com algumas das personalidades criadas por ele mesmo desde que saiu das ruas do Brooklin para o topo do mundo.

Entre delitos e prisões, Tyson conheceu um boxeador que o apresentou para o homem que mudou a sua história, Cus D'Amato.

Cus via no então garoto um grande lutador que precisaria se esforçar muito, mas que já tinha qualidades que todo campeão tem que ter. Já o jovem Tyson, vindo de uma família desestruturada, encontrou uma figura paterna que lhe a ensinou tudo de dentro e de fora dos ringues.

Desde o início narrado pelo ex-campeão mundial dos pesos pesados (e bem narrado, por incrível que possa parecer para alguns), o documentário passa por todos os altos e baixos de sua vida fazendo uma mistura entre confissões, esclarecimentos e desculpas. Na maior parte do tempo, o filme leva o espectador a se simpatizar com esse personagem público. No entanto, algumas declarações confusas e perturbadas (às vezes perturbadoras) do pugilista revelam uma pessoa que sempre esteve em conflito consigo mesmo e com suas convicções.

Logo no início do documentário, a tela é dividida em alguns quadros e em cada um deles há um Tyson falando sobre algo diferente, como as vozes que ele afirma estarem constantemente em sua cabeça. No desenrolar do filme, o destaque fica para fragmentos de grandes lutas do campeão, inclusive das quais ele saiu derrotado por motivos que ele descreve no decorrer de sua narração, e suas declarações sobre aqueles que estiveram ao seu lado para prejudicá-lo.

É um filme seco e sincero como sempre foram as declarações de Mike Tyson desde o início de sua carreira, e por este motivo o filme se torna mais relevante para fãs do esporte do que para fãs do cinema.

O documentário irá estrear no Brasil nessa sexta-feira, 29 de janeiro. Veja o trailer abaixo:



Por Marcio Moreira, publicitário e leitor do Cult Cultura

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Invictus

Quando perguntados como fazer um filme, a maioria dos cineastas tem a mesma resposta na ponta da língua: em primeiro lugar, você deve ter algo bom para contar.

O que melhor que a história de um homem que, depois de passar 27 anos como preso político, volta para o seu país como presidente da república, podendo assim lutar contra os muitos problemas que o cerceavam?

Invictus, dirigido pelo grande contador de histórias Clint Eastwood, se passa desde a campanha de Nelson Mandela (Morgan Freeman) até seu mandato como presidente da África do Sul.

O novo líder assumiu a política de um país ainda dividido por questões culturais e raciais onde as marcas deixadas pelo apartheid ainda faziam parte da vida das pessoas. E Mandela, frente a esta realidade, concentra esforços em trazer união entre estas diferentes etnias que convivem no país.

O filme gira em torno de um dos seus maiores esforços neste sentido, o time que representa o país no Rugby, os Springboks.

Com sua formação na época composta majoritariamente por brancos, o time fez com que, durante anos, a grande maioria dos oprimidos pelo antigo regime torcesse contra ele nas partidas com seleções mundiais, fato que levou dirigentes políticos pós apartheid a tentar mudar cor e brasão do mesmo. Mandela interferiu nesta decisão alegando que havia uma minoria que amava estas cores e os tinha como representantes do país neste esporte. Atento a uma minoria que o pôs na prisão, o então presidente enxergava o poder do esporte em unir pessoas sem tomar parte por interesses de um lado ou de outro, mas pelo país.

Foi assim que ele começou a sua aproximação com o capitão da seleção François Pienaar (Matt Damon), impressionando o jovem jogador com a sua história e o fazendo acreditar em um bem comum para toda a África do Sul: ganhar a Copa do Mundo de Rugby de 1995.

Nesta parte, surge a primeira citação ao poema que dá nome ao filme. Mandela cita que para buscar o melhor de si é necessário se superar a cada dia, e que as palavras do poeta William Ernest Henley o faziam levantar quando em seus anos de exílio tudo o que ele queria era ficar deitado. As palavras que compõem o poema aparecem narradas por Morgan Freeman quando François e a seleção visitam a cadeia onde o presidente passou tanto tempo preso.

Nesta hora, também surge um de seus momentos mais sublimes, representado por palavras, onde François é questionado pela noiva se está tão pensativo por causa do jogo no dia seguinte. Ele responde que não, que está se perguntando como alguém fica 27 anos preso em um espaço tão pequeno pode sair de lá disposto a perdoar aqueles que o prenderam.

No final das contas, contar uma boa história é um fato relevante, mas Clint Eastwood vai além.
Em cada movimento de câmera, em cada zoom, em cada nota da trilha sonora, o diretor transparece o carinho que teve ao criar esta obra de arte épica. Mas não um épico tradicional, com heróis objetivos em grandes batalhas físicas. E sim a história real de um homem que precisou viver uma batalha consigo mesmo durante 27 anos para depois começar uma outra batalha que buscou tocar o coração e a alma de 43 milhões de cidadãos sul africanos e de todo o resto do mundo.

Um filme e um homem que devem ser imortalizados para que o ser humano não se esqueça de sua história e do que é capaz de fazer, com e para seus semelhantes.




O filme estreia nesta sexta-feira, 29 de janeiro.

Por Marcio Andrade, publicitário e leitor do Cult Cultura

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Onde Vivem os Monstros

É curiosa essa onda de filmes aparentemente inocentes, mas que, ao analisarmos mais profundamente, percebemos o quão complexos eles são.

"Onde Vivem os Monstros", assim como "Avatar", conta a história de dois mundos. No mundo "real", Max, o personagem principal, sente-se ignorado pela mãe e pela irmã. Depois de uma briga com a mãe, foge de casa e parte para um mundo só seu, onde vivem os monstros. Nesse mundo, ele é coroado Rei, com a incumbência de eliminar a tristeza e fazer com que a alegria permaneça eternamente.

Max, ao lado de seus novos amigos, cada um com uma característica marcante (o companheiro, o carinhoso, o reclamão, o emo, o calado, o ciumento), começa a criar um novo mundo para eles, um mundo onde os sentimentos são puros, onde os amigos dormem juntos, onde a união é essencial, a confiança é perene e o "Eu te amo" é verdadeiro.

Mas nem tudo são flores e, no decorrer de seu reinado, algumas coisas ruins acontecem. Apesar de tudo terminar bem, a insegurança, o ciúme e a inveja acabam destruindo as boas intenções de Max.

É um pouco triste, mas tudo isso nos faz refletir bastante, principalmente sobre nossos sonhos e nossas decepções. Uma ou outra atitude não deve fazer com que uma pessoa se decepcione com outra. Todos nós guardamos anjos e monstros dentro de nós. E coisas pequenas e isoladas não modificam nossa essência.

O importante é queremos fazer o bem, acreditarmos nos nossos sonhos e mobilizarmos o mundo para ir em busca dele. Se não conseguirmos, criemos o nosso próprio mundo!


Carol: Será um lugar onde tudo o que vc quiser que aconteça, irá acontecer.
Max: Nós com certeza, podemos construir um lugar assim.
Carol: É todo seu. Você é dono desse mundo.

Clique aqui e veja onde "Onde Vivem os Monstros" está em cartaz em São Paulo

Por Thais Polimeni

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Avatar

Quando assisti ao trailer de Avatar, não fiquei com a menor vontade de ir ao cinema, pois achei que fosse apenas mais um filme de ação com muitos efeitos especiais.

Mas no começo do ano, eu estava tendo uma conversa filosófica com uma amiga e ela sugeriu que eu assistisse ao filme, pois ele não era só plasticamente impecável, como também a temática era interessantíssima, utilizando-se da mitologia para explicar o surgimento do mundo.

Então fui assistir à versão 3D de "Avatar" no cine Marabá, na Avenida Ipiranga. O cinema é de cair o queixo. Ele foi revitalizado há pouco tempo e, além de terem mantido a decoração original, que nos faz entrar num clima nostálgico (principalmente pra quem frequentava as salas de cinema do centro de São Paulo, antigamente), agora conta com a tecnologia 3D. É uma união de 2 mundos. Perfeito para quem iria assistir ao Avatar.

Logo nas primeiras cenas do filme, a primeira frase do personagem principal já me fez sentir em casa. Ele falava sobre sonhos, sobre realidade, sobre algo que eu sempre pensei, desde pequena: "Será que o que eu estou vivendo agora é a vida real, mesmo, ou é um sonho? Será que o meu sonho é, na verdade, a vida real? O que é real e o que é sonho?"

Avatar conta a história de uma missão à Pandora, uma lua habitada por seres diferentes dos seres humanos, e que possui uma pedra extremamente valiosa na Terra (cerca de 20 milhões de dólares o quilo). Os habitantes de Pandora são maiores que os seres humanos, sua pele é azul e possuem rabo, mas a estrutura é basicamente igual a nossa. Para que os seres humanos conquistassem o apoio dos seres de Pandora, os cientistas terrestres criaram um avatar (ser de Pandora) a partir de um gene de um habitante da Terra. Este avatar ficava incubado até atingir o tamanho de um habitante de Pandora. Para ele ganhar vida, era preciso fosse feita uma conexão entre ele e o ser humano da Terra, possuidor do gene a partir do qual ele foi criado.

E essa conexão é o que deixa o filme mais instigante: O ser humano entra em um aparelho. Ao dormir, ele estabele uma conexão com o seu Avatar que, ao acordar, vive a vida em Pandora. Quando o avatar dorme em Pandora, o ser humano acorda no aparelho e passa a viver a vida normal em seu corpo de origem.

Parece complicado, mas é extremamente interessante. É claro que quem assistir ao Avatar superficialmente, vai sair da sala falando que é um filme com efeitos especiais e com o roteiro de Pocahontas. Tem que ir com a mente aberta a novas possibilidades, abstrair e extrair sua essência. Vale a pena refletir sobre as conexões existentes entre nós, sobre as infinitas possibilidades da nossa imaginação e sua aplicação à realidade, em prol do bem comum.

Assista abaixo ao trailer e, caso o roteiro não tenha lhe chamado a atenção, seus olhos certamente irão brilhar com a alta qualidade da animação:





Clique aqui e vejas em quais salas de São Paulo o Avatar está em cartaz.

Por Thais Polimeni

sábado, 23 de janeiro de 2010

As artimanhas do vagalume

Com um roteiro baseado no poema "Círculo Vicioso", de Machado de Assis, o infantil "As Artimanhas do vagalume" encontra-se em cartaz no Teatro das Artes, no shopping Eldorado, em São Paulo, aos sábados e domingos às 16h.

Cleber Tolini, Isabelle Marques, Thalita Carauta e o diretor Rodrigo Sant’Anna interpretam quatro crianças que invadem o galpão abandonado da escola onde estudam. Ao encontrarem um livro de Machado de Assis, resolvem encenar o poema "Círculo Vicioso", usando o local abandonado e adaptando-o para o cenário onde a história será narrada. A trilha sonora inclui o trance, vertente da música eletrônica.

O cenário é de cair o queixo!




Para ver mais fotos de "As artimanhas do vagalume", clique aqui

As artimanhas do vagalume
Sábados e domingos, 16h
Até 28 de fevereiro.
R$50,00
Direção e supervisão de texto: Rodrigo Sant’Anna
Texto: Criação coletiva
Elenco: Cleber Tolini, Isabelle Marques, Thalita Carauta e Rodrigo Sant'Anna
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre
Recomendação etária: a partir de 5 anos

Teatro das Artes
Shopping Eldorado – 3º piso
Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros
Tel: (11) 3034-0075
Capacidade: 743 lugares
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a domingo a partir das 14h às 20h. Aceita os cartões: Visa, Master e Diners
Possui acesso para deficientes e ar condicionado

Assessoria de imprensa
Arteplural

Texto: Arteplural e Thais Polimeni
Fotos: Thais Polimeni

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

I love Neide

Dando continuidade às peças do Festival de Comédias, em cartaz no Teatro União Cultural, em São Paulo, Eduardo Martini se apresenta no papel de Neide Boa Sorte, na montagem de "I Love Neide".

Com texto de Marcelo Saback e Pablo Diego e direção de Clarisse Abujamra, a peça acompanha a trajetória de Neide Boa Sorte, uma psicóloga que destila o seu (mau) humor quando trata de assuntos como a sinceridade feminina, casamento, família, comportamento etc. Desde o primeiro encontro com seu marido, Waldisney (batizado assim em homenagem a Walt Disney), suas consultas como psicóloga, sua viagem a Salvador, onde por acidente vai parar no trio elétrico de Carlinhos Brown até a sua experiência surreal (e divertidíssima) em uma rave.

Eu já havia assistido a essa peça no Teatro Folha, alguns anos atrás, e ter visto novamente contruibuiu para relembrar o maravilhoso talento de Eduardo Martini, com seus improvisos, suas trocas com a plateia e sua grande presença de palco.


Para ver mais fotos da peça, clique aqui



I love Neide
Sextas-feiras, 21h
Até 29 de janeiro.
R$30,00
Texto: Marcelo Saback e Pablo Diego.
Direção: Clarisse Abujamra.
Elenco: Eduardo Martini.
Indicação etária - 14 anos.
Duração: 90 minutos.

Teatro União Cultural
Rua Mario Amaral, 209. Paraíso. São Paulo - SP
Telefone 2148 2900 / 2148 2904.
Capacidade: 262 lugares.
Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a domingo, das 14h às 22 horas.
Aceita os cartões: Visa, Máster e Diners.
Possui acesso para deficientes e ar condicionado.
Estacionamento conveniado na Rua Teixeira da Silva, 560 a R$10,00.

Assessoria de imprensa
Arteplural

Texto: Arteplural e Thais Polimeni
Fotos: Thais Polimeni

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Teatro: 10 maneiras incríveis de destruir seu casamento

Até o dia 28 de janeiro, todas as quintas-feiras, estará em cartaz a peça "10 maneiras incríveis de destruir seu casamento", que integra as 4 peças do Festival de Comédias no Teatro União Cultural.

Com direção de Eduardo Martini e texto de Sergio Abritta, o elenco conta com Luciana Riccio, Vivi Alfano, Bruno Albertini e com o versátil ator Eduardo Martini. Todos os atores se revezam em 31 personagens, nas dez cenas das maneiras divertidas e inusitadas de terminar um casamento.

Se quiser assistir a uma comédia de alta qualidade, essa é uma ótima oportunidade!

Enquanto quinta-feira não chega, clique aqui e veja as fotos da peça!



10 maneiras incríveis de destruir seu casamento
Quintas-feiras, 21h
Até 28 de janeiro.
R$30,00
Texto: Sergio Abritta.
Direção: Eduardo Martini.
Elenco: Eduardo Martini, Luciana Riccio, Vivi Alfano e Bruno Albertini.
Indicação etária - 14 anos.
Duração: 90 minutos.

Teatro União Cultural
Rua Mario Amaral, 209. Paraíso. São Paulo - SP
Telefone 2148 2900 / 2148 2904.
Capacidade: 262 lugares.
Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a domingo, das 14h às 22 horas.
Aceita os cartões: Visa, Máster e Diners.
Possui acesso para deficientes e ar condicionado.
Estacionamento conveniado na Rua Teixeira da Silva, 560 a R$10,00.

Assessoria de imprensa
Arteplural

Por Thais Polimeni, texto e fotos

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras

A arte Afrobrasileira vem ganhando destaque e relevância nos últimos anos, uma vez que ela é uma das bases da cultura do Brasil. Para dar mais visibilidade e prestígio, além da tão necessária ajuda financeira a grupos, artistas e projetos, foi aberto o 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras.

As inscrições para o concurso irão até 05/03/2010, via internet, contemplando projetos nas áreas do Teatro, da Dança e das Artes Visuais. O Prêmio é realizado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves — CADON — em conjunto com a Fundação Cultural Palmares — FCP —, com patrocínio da Petrobras.

A premiação foi resultado do II Fórum Nacional de Performance Negra (2006), realizado na capital baiana, Salvador. Nele, foram debatidos problemas na fomentação de projetos que discutam a cultura afrodescendente, como, por exemplo, a falta de editais públicos direcionados a temática negra. O assunto é polêmico, mas o desdobramento mais importante foi a idealização do Prêmio.

A banca julgadora foi escolhida por meio de votação da sociedade civil no site do concurso e deverá ser anunciada em breve. Para inscrição e mais informações sobre o 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras acesse: http://www.premioafro.org/

Por Leonardo Cassio

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

MPB no Ao Vivo

Nesse sábado, no Ao Vivo Music, vai rolar um show animado e inusitado. A cantora Ana Cristina e sua banda agitarão a renomada casa de shows de Moema com o projeto Supra Summum Jam. Esse projeto foi idealizado por ela e pelo guitarrista Claudio Zimmer. A bela voz de Ana Cristina e as diferentes batidas da banda dão um tom especial ao show: é MPB com pitadas de soul, blues e jazz.

Vale a pena prestigiar e começar o ano de 2010 de um jeito alegre, animado e misturado, com gingado bem brasileiro!

Ana Cristina
Ao Vivo Music
Rua Inhambu, 229
A partir das 22h30
Couvert: R$20,00
www.aovivomusic.com.br
Reservas pelo telefone: (11) 5052-0072

Por Thais Polimeni

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lula, o filho do Brasil

Fui assistir ao filme do Lula, do qual tanta gente tem falado. "Lula, o filho do Brasil". Todos os comentários que eu ouvi sobre o filme foram superpositivos. Teve gente que chorou horrores, outros que indicam a toda sua lista de contatos no Facebook, outros que mudaram totalmente o pensamento sobre o Lula após conhecer sua história... No meu caso, eu comecei a ver o Lula com outros olhos desde o dia que eu fui ao lançamento do Vale-Cultura, no ano passado. Até então, o que eu sabia dele era o que vinha pela mídia, principalmente as suas famosas frases. Lá no lançamento, ele fez um discurso de por volta de 2 horas. Muito tempo pra quem ouve e pouco tempo pra um político. E foi o melhor discurso que eu já vi. Era impressionante ver como ele conseguia prender a atenção de todo o público: políticos, artistas, produtores, jornalistas... Ele falava a língua do pessoal que estava lá. Contava histórias sobre a sua infância, sobre o país, sobre a política, sempre relacionando-as com o tema do evento: cultura. Quando comentei isso com meus amigos, tive que ouvir as piadinhas: "Ah, agora a Thais virou fã do Lula". Mas eu tinha justificativas reais para falar bem dele, algo que nenhum dos piadistas havia presenciado.

Agora, com esse filme, muitos já mudaram de opinião. A produção de "Lula, o filho do Brasil" é fenomenal. Fotografia belíssima, montagem precisa, atores hipercompetentes e lindos (lindos até demais: a pele da mãe do Lula representa mais um comercial de creme hidratante do que a pele de uma mulher do sertão do nordeste da década de 50!).

Em paralelo à história do Lula, é apresentada a história do nosso país, mas com uma visão e uma abordagem diferente da que estamos acostumados a ler nos livros didáticos. Cada local mostrado no filme tem tudo para se tornar um ponto turístico, desde sua casa em Garanhuns, Pernambuco até o DOPS e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Destaque para Rui Ricardo Dias, protagonista. A preparação vocal é de impressionar! Parece que foi o Lula quem o dublou. Fantástico!

É importante lembrar que o filme foi feito sem nenhuma lei de incentivo. Todas as empresas patrocinadoras não tiveram deduzido do Imposto de Renda o valor investido na produção. Vamos torcer para que essa seja a tendência da década!



Site oficial: http://www.lulaofilhodobrasil.com.br
Twitter: http:// www.twitter.com/Filho_do_Brasil
Flickr: http://www.flickr.com/lulaofilhodobrasil/
Facebook: clique aqui
Orkut: clique aqui

Pessoal, como provavelmente a maioria de vocês sabem, o diretor do filme, Fábio Barreto, sofreu um acidente de carro no final do ano passado e está internado no Rio de Janeiro. Vamos enviar energias positivas para que ele se recupere e possa continuar nos presenteando com tantas produções deste nível!

Por Thais Polimeni

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Radiohead por fãs

Para começar o ano de 2010 com o pé direito (como canhoto é contraditório crer nessa superstição), vamos soltar aqui no Cult um dica maravilhosa vinda da internet, para variar.

No primeiro semestre de 2009 aconteceu na cidade de São Paulo, na Chácara do Jóquei — novo pólo de shows da capital — uma mega apresentação da banda inglesa Radiohead. Há muito se esperava uma turnê da banda aqui pela América do Sul e, para alegria de fãs alucinados, ela aconteceu.

O Radiohead é uma banda de rock alternativo, meio independente, responsável por ações e criações que rompem padrões e que fogem da ditadura das grandes gravadoras. Um exemplo disso foi o lançamento e comercialização, no final de 2007, do disco “In Rainbows” na internet. A ideia foi simples: a banda disponibilizou em seu site o disco e os interessados pagavam o valor que quisessem por ele. Várias discussões sobre a ação foram levantadas e o saldo final foi positivo, uma vez que lá estavam eles [O Radiohead] no centro das atenções.

Pois é, e artistas criativos cativam fãs criativos. E brasileiro que já é um povo criativo, fica mais criativo ainda quando está em contato com artistas pioneiros, como é o caso dos ingleses. Sendo assim, o show do Radiohead não ficou só na memória dos que estavam lá e nem ficará apenas arquivado em dezenas de centenas de milhares de trechinhos de filmetes no Youtube.

Uma galerinha maluca compilou o show todo através de imagens coletadas por centenas de pessoas que assistiram ao show. São mais de 2hs de gravação, mostrando na íntegra o espetáculo inesquecível protagonizado pelos excêntricos músicos britânicos.

Não é a primeira vez que um show inteiro foi gravado por fãs. O Beastie Boys, por exemplo, lançou um DVD com imagens feitas por admiradores da banda. Porém, neste caso em específico não houve intervenção da banda, as pessoas envolvidas pesquisaram, editaram e disponibilizaram sem qualquer ganho o show inteiro. Deve ter sido uma baita trabalheira, mas o resultado é mais positivo possível.

Acessem abaixo o vídeo do show e divirtam-se com um trabalho inusitado e com o som de uma das mais conceituadas, criativas e competentes bandas do mundo:



Por Leonardo Cassio
Dica de Plínio Júnior