sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dan Nakagawa

Ontem fui ao show do Dan Nakagawa. Foi a gravação do DVD "O Oposto de Dizer Adeus", segundo álbum de Dan, que será lançado em 2010.

Muita fila, muita chuva, muita gente do lado de fora do Studio SP, casa de show do circuito alternativo de Sampa.

Ao entrar na casa, já sentimos uma energia diferente, positiva, pra cima. Antes de começar o show, rolaram músicas animadíssimas, discotecadas por um dj excelente (não sei o nome dele. Caso alguém saiba, me falem, porque o cara é demais!!!). O cenário, a olho nu, dava a impressão de ser simples, mas em conjunto com a iluminação, resultou em uma bela filmagem, que era projetada nos 2 telões das laterais. Tudo muito bem planejado.

Conheci o Dan há alguns anos. Ele era meu professor de voz no curso de teatro que eu fazia na Fatec, com o grupo Instinto Teatral. Ele nos ensinou vários exercícios de voz que faço até hoje. A gente cantava "Marinheiro Só" direto e agora, toda vez que eu ouço essa música, eu me lembro do Dan!

Eu adoro as composições dele. Ouço o cd "Primeiro Círculo" direto. E não sou só eu que considera suas composições ótimas. Ney Matogrosso concorda comigo! Hahaha. Pois é, o Ney gravou uma música composta pelo Dan: "Um pouco de calor", que toca sempre na Nova Brasil.

O show de hoje contou com a participação especial do Ney Matogrosso, que cantou e animou todo o público. Foi bem divertido! Os músicos que fizeram esse belíssimo trabalho ao lado dos dois foram Rogério Bastos (bateria) Geraldo Orlando (guitarra), Pedro Cunha (teclados), Henrique Alves (baixo) e Pedro Gobeth (violino).

O melhor de ir à gravações de DVD é que sempre há a necessidade de gravar mais de uma vez uma ou outra música. Aí a gente praticamente ganha vááários bis, tris, etc! Hehehe.

Foi tudo muito bom! Esse DVD vai ser só sucesso!!!

Para ver mais fotos do show, clique aqui

Por Thais Polimeni, texto e fotos
Informações técnicas do Portal R7

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dias de Campo Belo

No final do ano, os Teatros de São Paulo entram em recesso. Geralmente esse recesso dura 2 semanas: última semana de dezembro e primeira de janeiro.

Essa, portanto, é a última semana de várias peças. Entre elas, o "Dias de Campo Belo", de William Costa Lima. Ela está em cartaz no Teatro Arena, em frente a igreja da Consolação, pertinho da Praça Roosevelt.

O texto, a interpretação e a produção se encaixam perfeitamente. É tudo muito especial e delicado.

Dias de Campo Belo conta a história de uma jornada interior, um passeio pelas memórias e sonhos de personagens masculinos que, por al­guns instantes, tentam modificar o curso de sua existência e colocar em relevo tudo o que passou despercebido.

Amigos, irmãos, primos, pais e avós que, em seus tantos encontros ao longo da vida, tentam voltar às suas raízes e reafirmar pactos, sem perceber a força social e histórica que age sobre as rupturas e pequenas ditaduras cotidianas.

Na próxima sexta e sábado, a peça será gratuita para todos.

Fica aí a dica para o bota-fora do ano!




Dias de Campo Belo
De William Costa Lima
De 27 de novembro a 06 de fevereiro
Sextas e Sábados às 24h

Teatro Funarte de Arena Eugênio Kusnet
R. Teodoro Baima, 94 - Centro
Tel.: (11) 3259-6409 e (11) 3256-9463
Reservas: (11) 8634-2385
Capacidade: 50 lugares.
Aceita somente dinheiro e cheque. Acesso universal.
Valor do Ingresso: R$ 10,00(inteira) / R$ 5,00(meia)
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 60 min

Ficha técnica completa

Dramaturgia e Direção:
William Costa Lima

Atores criadores:
Vitor Belíssimo e William Costa Lima

Supervisão artística:
Luis Fernando Marques

Assistente de direção:
Bruno Lourenço

Cenário, iluminação e figurinos:
William Costa Lima

Iluminadores:
Bruno Lourenço e Mayra Guanaes

Confecção dos figurinos:
Irene Aparecida Lima

Créditos das fotos:
Diego Pisante

Programação visual:
Victor Bittow

Produção:
Beatriz Barros

Assessoria de imprensa e produção:
William Costa Lima

Realização:
O Pequeno Teatro de Torneado

Release enviado por William Costa Lima

Por Thais Polimeni

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cloverfield

Cloverfield pode ser considerado um sucesso comercial e de crítica. É um filme experimental, que possui uma linguagem peculiar e sabiamente conduzida. J.J. Abrams já se mostrou um produtor de talento com o seriado Lost, um dos maiores sucessos da TV americana e em Cloverfield ele reafirma seu potencial criativo e mostra que tem muito talento para gastar ainda. Além dele, há também a mão do diretor Matt Reeves, que conseguiu criar uma atmosfera de caos e destruição bem real, prendendo o expectador como poucos filmes conseguiram.

O filme se passa — como não poderia deixar de ser — na cidade mais atacada da história do cinema, Nova Iorque. Um grupo de amigos se reúne para a despedida de Rob (Michael Stahl-David), jovem empresário que conseguiu uma vaga de trabalho no Japão. Para registrar o encontro, foi dada a Hud (T.J. Miller) uma câmera, que por acaso é de seu melhor amigo e homenageado da festa, Rob. Na fita havia uma gravação feita por ele, Rob, de um fim de semana com sua amiga Beth (Odette Yustman), por quem ele nutria uma atração antiga.

Durante a festa, ocorrem certos tremores de terra e explosões. Bolas de fogo voam e até a cabeça da Estátua da Liberdade (como se observa no cartaz publicitário) rola pelas ruas perto do apartamento onde acontece a comemoração de despedida. Sem saber exatamente o que está acontecendo, milhares de pessoas, incluindo o grupo de amigos, começam a procurar o motivo do caos instaurado e como escapar dele.

O ponto de vista adotado é justamente o de Rob e seus amigos, através da câmera que está nas mãos de Hud. A primeira parte do filme é a apresentação dos personagens e a criação da tensão que será mantida por todo o longa. Feito isso, a ação toma conta da narrativa, com os atordoados nova-iorquinos correndo para lá e para cá, tentando escapar sabe se lá de que.

Durante o corre-corre, a defesa civil dá uma ordem de evacuação imediata, porém o grupo resolve acompanhar Rob, que vai resgatar Beth em seu apartamento. Durante o trajeto, o grupo fica próximo ao monstrego e acompanha o bombardeio do exército para cima dele.

Obviamente, o que mais chama a atenção no filme é ponto de vista utilizado. A história se concentra a partir dos fatos ocorridos com o grupo de amigos, tendo sido toda a trajetória destes gravada. Além de ser curiosa, essa abordagem deu o que falar, pois por ser uma câmera com “ares amadores”, com imagens borradas e tremidas, devido a correria, as cenas do filme causam certa vertigem (em alguns casos náuseas mais fortes...) nos espectadores.

Além do mais, o filme foge de outros clichês. O primeiro dele é que não há um super-herói que salva a cidade das pessoas. Segundo, o monstro não cai morto no meio da cidade, com algumas pessoas ao redor dele com olhares de consternação. Terceiro, o monstro, no fim, é o elemento chave do filme, mas não o principal, uma vez que a aparência física do bicho mal é revelada e que o que conta mesmo é a impotência das pessoas, representadas por Rob e seus amigos, diante de uma ameaça inesperada — assim como ocorreu no 11 de setembro, por exemplo. Outros fatores importantes foram a escolha de um elenco novo, que fortalece a idéia de amadorismo e o tempo de duração do longa, igual ao de um fita de vídeo “caseira”.

E claro que nem tudo sai imune a comentários. Assim como as imagens da câmera amadora deram o que falar, o fato da câmera, no filme, não ter quebrado após várias quedas e a fita e a bateria não ter acabado, renderam muito bafafá, do tipo: “preciso descobrir onde eles compraram essa super câmera!” ou “nem a câmera do Peter Parker era tão boa”. Enfim, é um exagero, mas que em nada atrapalha o filme e, analisando bem, esse exagero cai é bem a ele. Houve, também, certo exagero quanto a condição física de Beth após o acidente que sofreu. Como a ferida causada era grave, sua fuga junto ao grupo pareceu exagerada. Porém, pessoas envolvidas em situações extremas conseguem arrumar mais força do que eventualmente possuem. Mas isso é só uma observação, nada muito relevante.

Há ganchos claros no filme que indicam uma segunda produção. E o site Omelete já adiantou isso, com uma nota que continha o seguinte comentário do produtor J.J. Abrams: “Neste momento o roteirista Drew Goddard e o diretor Matt Reeves estão pensando em algo, então esperamos que saia mais um filme daí”.

Olhando para o histórico do diretor e do produtor de Cloverfield, há diversas razões para apostar que a continuação do filme seja muito boa. E para quem é cinéfilo, há muitas outras razões para aguardar a segunda parte do filme, pois a campanha de marketing viral feita para Cloverfield, utilizando diversos sites, entre eles o Youtube, foi de extrema inteligência e essencial para o êxito do filme.

Vamos aguardar, então, que a continuação seja algo interessante e inteligente, ao contrário de seu título nacional “Cloverfield – O Monstro”, afinal ninguém deve ter ido ao cinema pensando que Cloverfield fosse um cachorro, um planeta ou um super-herói novo da Marvel.

Por Leonardo Cassio

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ACDC em São Paulo

O mais gostoso de esperar fervorosamente por algo é ser surpreendido quando o fato se consuma. O problema é quando a encomenda chega e dentro do pacote só veio decepção.

Me lembro na Copa do Mundo de 1994, quando com 9 anos eu já gritava “é tetra” desde a primeira fase da competição. Experiente, minha mãe me alertava que já havia visto diversos mundiais de futebol e que eu deveria estar preparado para o pior.

Felizmente fomos agraciados com a taça, e de lá pra cá ainda não aprendi a esperar o pior e me decepcionei várias vezes.

Desde que soube que teria a chance única de ver o AC/DC tocando ao vivo em São Paulo entrei em transe. Guardei grana para os ingressos, fiquei ouvindo o set list da turnê e até comprei um DVD classe A dos caras.

Esses preparativos foram alimentando a expectativa que surgiu em uma noite de 2001 quando com a minha primeira banda assistimos Detroit Rock City, tomamos um porre de Bombeirinho (pinga com groselha, limão a gosto) e saímos no braço no meio de uma grande avenida da Zona Norte de São Paulo. Aí você se pergunta: mas este filme não conta a história de uma banda de moleques que querem ver o show do Kiss???

Sim, mas na trilha sonora repleta de clássicos do bom e velho Rock n’ Roll, um som foi o que mais me tirou do sério: Highway to Hell.

Não me entendam mal, adoro o Kiss e inclusive estive no show este ano em São Paulo. Me arrepio ao recordar das imagens e dos sons que presenciei nesta ocasião, mas não tem como negar que o som pesado e os vocais inconfundíveis do AC/DC são de tirar qualquer adolescente aspirante a músico do sério.

Eis que se abrem as vendas dos ingressos e, ingenuamente, fui no meu horário de almoço adquiri-los. Ao invés de encontrar uma balconista sorridente me congratulando pela aquisição dos ingressos, encontrei uma fila de 7 horas. Mais expectativa.

Os ingressos esgotaram muito rapidamente, e eu tinha o meu bem guardado.

Ansiedade absurda.

O que eu ainda não sabia é que não havia expectativa que se equiparasse com a insanidade desses tiozinhos locáços.

Lembro que eu me impressionava quando, na década de 90, a já idosa Hebe Camargo entornava uma tulipa cheia de cerveja do patrocinador num gole só sem arrotar e que o Zé Bonitinho ainda pegava uma penca de gostosa na TV, mas o AC/DC nada de braçada.

O show começou com uma animação onde uma locomotiva com os integrantes da banda perde o controle e tem os freios acionados. A trilha indica que o freio não será capaz de deter a máquina em alta velocidade e, com uma explosão, uma locomotiva de 6 toneladas e com chifres vermelhos como a maioria dos expectadores do estádio do Morumbi invade o palco soltando fumaça ao som de Rock´n´roll Train.

Depois de alguns clássicos, outra surpresa. No intervalo de uma música o vocalista Brian Johnson, então no meio de uma passarela que ligava o palco ao meio da multidão, corre tresloucadamente para o palco e se arremessa na corda de um sino gigante que desceu do teto fazendo-o badalar em um som arrebatador acompanhado pela introdução de Hell’s Bells. Imagine a catarse geral ao ver o cara se balançando na corda enquanto outro som destruidor começava.


Dominado pelo deus (ou demônio) da guitarra, Angus Young se livra do uniforme de colégio e faz um striptease até mostrar o logo da banda em sua cueca. Passadas as cenas impressionantes de um maluco que parecia tão feliz quanto eu, um solo de aproximadamente 15 minutos se inicia e é seguido por malabarismos, interação com o público e até uma plataforma que o içou do chão.

Pra levantar de vez os 70.000 fanáticos presentes, T.N.T. e Highway to Hell.

Enquanto se desenrolavam outras obras primas dos caras os efeitos especiais não pararam.

Uma boneca inflável surgiu sentada na locomotiva batendo o pé no ritmo da música e canhões acompanharam com explosões a faixa For Those About to Rock (We Salute You).

Aposto uma das minhas pernas que o Roberto Carlos nunca fez um show desses. Aposto as duas que a maioria das bandas sensação da molecada de hoje nunca farão. Inclusive aquelas que te fazem usar colete noturno da CET e jura que vai te fazer pular que nem pipoca.

Estava esperando um grande show, mas acabei sendo surpreendido por lendas vivas, que não só caminham pela Terra, mas apavoram qualquer um por onde passam.

No Brasil, talvez nunca mais.

Set List
1. Rock N' Roll Train
2. Hell Ain't a Bad Place to Be
3. Back in Black
4. Big Jack
5. Dirty Deeds Done Dirt Cheap
6. Shot Down in Flames
7. Thunderstruck
8. Black Ice
9. The Jack
10. Hells Bells
11. Shoot to Thrill
12. War Machine
13. Dog Eat Dog
14. You Shook Me All Night Long
15. T.N.T.
16. Whole Lotta Rosie
17. Let There Be Rock

Por Marcio Andrade, publicitário e leitor do Cult Cultura

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mário Bortolotto

"Na correria" é a expressão que eu mais tenho falado e ouvido nesse final de ano. "E aí, como vc tá?", "Ah, to bem, na correria!".

Esse final de semana não foi diferente. Sexta fui pra pós-graduação à noite, sábado também - o dia todo, e domingo tinha que finalizar um projeto pra entregar hoje na Secretaria da Cultura.

Ou seja, sábado eu geralmente fico fora do ar, não tomo conhecimento de nada que ocorre. Eis que eu acordo nesse domingo e acesso o Twitter. Por ele, descubro o que havia acontecido às 5h30 da manhã de sábado, na Praça Roosevelt.

"Na madrugada de sábado, quatro bandidos invadiram Espaço Parlapatões, onde funciona teatro e bar, em uma tentativa de assalto. O dramaturgo Mário Bortolotto foi atingido por três tiros . As balas atingiram o tórax, acertando pulmão e coração, e o pescoço. (...) O ilustrador e músico Carlos Carcarah foi atingido na perna, mas não corre risco de vida." (Fonte: O Globo)

Fiquei chocada. Passei a tarde toda meio que sem chão, com aquele aperto no peito, uma certa angústia...

Vivo em São Paulo desde que nasci. Diariamente fico sabendo de casos de violência e acidentes, e acabei desenvolvendo uma certa resistência a esses fatos. Mas essa notícia da Praça Roosevelt me abalou.

Conheço o Mário porque ele é o símbolo da Praça Roosevelt, o símbolo do teatro paulistano. Desde que eu comecei a fazer teatro, ouço falar dele. Nunca conversei com ele, mas tenho grandes amigas que o admiram e dizem que ele é uma pessoa super do bem.

Com todo aquele tamanhão, ele anda pela praça Roosevelt e não passa despercebido. Ele ajudou na revitalização daquele espaço, e quer ver só gente animada, gente amiga. O que eu percebo é que o cara valoriza a amizade acima de tudo e só isso já merece nossa admiração. Bortolotto é o xerife da Praça. Um xerife sensível, especial, que há anos vem falando pra atirarem no dramaturgo virtualmente, mas que não teve medo de usar esse imperativo na vida real quando viu seus amigos assustados com a invasão no Parlapatões.

Hoje ele está internado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo* e já tomou 8 bolsas de sangue. Vamos torcer e rezar todos juntos pela sua recuperação, assim como foi feito no ato contra a violência organizado ontem, domingo, na Praça Roosevelt. Mandaremos boas energias, pensaremos no quanto Mario Bortolotto já fez pelo Teatro Paulista e no muito que tem que fazer.

Quem quiser e puder, é interessante doar sangue na Santa Casa, para reposição das bolsas. É um ato que vai ajudar não somente o Mario, como também muitas outras pessoas.

"O Teatro não vai se intimidar com a violência, muito menos se submeter aos bandidos, aos que querem a escuridão nas ruas, aos querem que o povo fique em casa, acuado. O Teatro Resite! Bortolotto Viverá!" - Blog dos Parlapatões



O endereço do Hemocentro da Santa Casa é Rua Marquês de Itu, 579, Bairro Vila Buarque. São Paulo/SP. Fica próximo à estação Santa Cecília do metrô.

O horário de atendimento é de Segunda a Sexta, das 7h às 18h, e de Sábado, das 7h às 15h. Também há a possibilidade de agendar sua doação pelo site: Clique aqui

Requisitos básicos para doar sangue
  • Trazer documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista ou carteira do conselho profissional)
  • Estar bem de saúde
  • Ter entre 18 e 65 anos
  • Pesar no mínimo 50 Kg (desconsiderando o peso da roupa)
  • Vir alimentado, evitando apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação
  • Ter dormido por pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas
  • Não ter se exposto a situações de risco para doenças transmissíveis pelo sangue, como: Diversos parceiros sexuais, uso de drogas e relações sexuais com parceiros não habituais sem preservativo (camisinha).

Situações que impedem temporariamente a doação de sangue
  • Febre
  • Ter sintomas de gripe ou resfriado até 1 semana antes da doação
  • Anemia
  • Gestantes, até 3 meses após parto normal, até 6 meses após parto cesariana, ou se estiver amamentando
  • Aborto impede a doação por 12 semanas
  • Doenças sexualmente transmissíveis somente após 12 meses da cura
  • Homem que tenha doado sangue há menos de 60 dias ou que tenha doador 4 vezes nos últimos 12 meses
  • Mulher que tenha doado sangue há menos de 90 dias ou que tenha doado até 3 vezes nos últimos 12 meses
  • Tatuagem nos últimos 12 meses
  • Tratamento dentário: Período variável de 1 a 7 dias
  • Cirurgia: Período variável de 2 a 6 meses
  • Uso de cocaína inalátoria há menos de 1 ano
  • Ter recebido transfusão de sangue nos últimos 12 meses
  • Ter algum dos fatores de risco para AIDS e Hepatite, como por exemplo: relação sexual sem preservativo (camisinha) com parceiro não habitual a menos de 1 ano e pessoas que estiveram presas há menos de 1 ano
  • Alguns tipos de medicamentos
Para mais informações acesse:
http://www.santacasasp.org.br/doesangue/doacao-requisitos.asp
ou ligue 11 2176-7258

Twitter informa:
*ivamcabral Viva!! @joseserra_ me informa agora q falou com Sec. Saúde q disse q Bortolotto acordou e está sem nenhuma sequela neurológica.


Por Thais Polimeni

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Monólogo de uma esposa

Teatro grátis neste domingo!

A Prefeitura de São Bernardo do Campo, em parceria com a Secretaria de Cultura e a ONG Consorte, oferece ao público 25 espetáculos gratuitos até o dia 5 de dezembro. A maior parte das produções é da própria cidade. São 12 espetáculos infantis e 13 voltados para o público adulto.

A apresentação deste domingo (29), será "Monólogo de uma esposa", e acontecerá no Teatro Cacilda Becker, às 20h.

A peça, produzida e protagonizada por Claudia Jordão, retrata a história de uma mulher que aprende a conviver com a rotina do casamento. A protagonista acredita na identificação como elemento chave. “As pessoas conseguem ver suas próprias histórias no palco”. O espetáculo promove interação com o público. “A partir do momento que eu me senti mais íntima do texto e do publico permiti que a personagem se envolvesse com a plateia, criando um ambiente de reflexão, diversão e interação”, diz a atriz.


Monólogo de uma esposa
Com Claudia Jordão
29 de dezembro de 2009, 20h
Grátis
Teatro Cacilda Becker
Pça. Samuel Sabatini, 50 - Centro
Tel: 11 4348 1081
Ingressos disponíveis com uma hora de antecedência, na bilheteria do Teatro.


Fonte: CliqueABC e Metodista.br
Agradecimento especial a Tatiele Duarte de Sena, leitora do Cult Cultura

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cobertura show "A Kind of Bossa", de Rodrigo Del Arc

Rodrigo Del Arc é um jovem cantor que vem trilhando um belíssimo caminho no circuito musical nacional e internacional. Seu cd, "A Kind of Bossa", lançado este ano, já coleciona mais de 100.000 plays no MySpace, com mais de 17.000 seguidores.

Uma das maiores gravadoras do Japão procurou Rodrigo para que seu cd fosse comercializado no país em mais de 300 lojas. Prova disso foi a quantidade de fãs japoneses no show de ontem. O pessoal prestigia, mesmo!!!

Rodrigo Del Arc e seus músicos apresentam um show muito bem organizado e gostoso de ouvir e assistir. Entre as músicas, o cantor faz comentários sobre o significado das composições e sobre o que acredita em relação à vida, à amizade, à energia, proporcionando um momento único à plateia.

Ontem, houve uma convidada especial: Ana Gilli, já conhecida pelos leitores Cult Culturais.

Após cantar "Garota de Ipanema", Rodrigo Del Arc chamou Ana Gilli ao palco, citando o projeto da atriz e cantora em homenagem a Vinícius de Moraes. Juntos, cantaram "How Insensitive", transmitindo muita leveza e cumplicidade. Depois, Ana Gilli, ao lado dos músicos Bruno Tessele (bateria), Peter Mesquita (contra-baixo), Leandro Brenner (violão) e Fernando Silveira (percussão), apresentou a versão de "Tudo na Mais Santa Paz" com um arranjo especial, criado por Leando Brenner (parceiro de Ana, que assina a direção musical do projeto "Como Dizia o Poeta", em homenagem a Vinícius de Moraes).

Essa nova geração de artistas vai dar o que falar! E o Cult Cultura estará sempre prestigiando e dando a maior força!


Para ver mais fotos e vídeos do show, clique aqui

Por Thais Polimeni

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bossa Nova em inglês - HOJE!



A Kind of Bossa
de Rodrigo Del Arc, com participação de Ana Gilli
Ao Vivo Music
24 de novembro, 21h30
Rua Inhambu, 229 - Moema - São Paulo, SP
R$20,00

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sinfonia de Sofhia

Criada em 1992, a Sociedade Lítero Dramática Gastão Tojeiro realizou, por mais de 10 anos, ciclos de leituras com o objetivo de discutir todo o tipo de dramaturgia e criar um intercâmbio de pessoas interessadas no assunto.

Com as atividades interrompidas em 2003, a Sociedade voltou em 2008 com vários ciclos de leituras dramáticas. Neste mês, está promovendo Ciclo "Inéditos Contemporâneos", dando oportunidade para que textos de autores contemporâneos sejam conhecidos pelo público, diretores e produtores.

Hoje é a vez do jovem dramaturgo William Costa Lima, que coleciona, em seu portfolio, textos excelentes como "Primavera", baseado no aclamado "O Despertar da Primavera", de Frank Wedekind; "Celofane", texto com o qual realizou uma leitura dramática no mês de outubro; "Dias de Campo Belo", com reestreia prevista para o dia 27 de novembro no Teatro de Arena Eugênio Kusnet; entre outros.

O texto de hoje é o inédito "Sinfonia de Sofhia", que conta a história de uma jovem atriz de Maceió em busca do sucesso de sua carreira artística em São Paulo.

Para a leitura, foram convidados dois jovens grupos do Teatro paulistano: a cia. Heliópolis e o Pequeno Teatro de Torneado.

Prestigiem os novos talentos nacionais. A entrada é franca!

"Sinfonia de Sofhia", de William Costa Lima
Leitura Dramática de Textos Contemporâneos Gastão Tojeiro.
Com O Pequeno Teatro de Torneado e Cia do Heliópolis.
Dia 23 de novembro, às 21h.
Teatro Maria Dela Costa, Rua Paim, 72 - Bela Vista - SP
Tel.: (11) 3256 – 9115
Entrada Franca

Por Thais Polimeni

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Arte na Rua - e no MASP!

Inaugurando uma nova visão da curadoria do Masp, a Galeria Choque Cultural inicia amanhã, 20 de novembro, a exposição "De dentro pra fora/ De fora pra dentro", em que são expostos trabalhos de 6 artistas e grafiteiros brasileiros.

Essa exposição tem como objetivo ampliar a interação do espaço com a sociedade. Há instalações, fotografia, obras em tela expostas sobre a parede, no chão... É tudo muito colorido, alegre. As fotografias mostram intenvenções artísticas nas paredes das casas, nos muros e até mesmo em esgoto!!!

Vale a pena conferir o talento desses artistas brasileiros! É uma sensação ótima. Imagina tem uma daquelas obras em casa? Eu já comecei a pirar em decoração, cenografia para show, ensaios fotográficos... Conheçam e prestigiem a nossa arte, pessoal! Elas abrem a nossa mente para novas possibilidades. Vocês vão adorar.

Para ver fotos da exposição, clique aqui


DE DENTRO PARA FORA, DE FORA PARA DENTRO
Artistas: Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão
Curadoria: Mariana Martins, Baixo Ribeiro e Eduardo Saretta
De 20 de novembro de 2009 a 10 de fevereiro de 2010

MASP - Museu de Arte de São Paulo
Terças, quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h (bilheteria aberta até às 17h);
Quintas-feiras, das 11h às 20h (bilheteria aberta até às 19h).
Av. Paulista, 1.578 (próximo à estação Trianon-Masp do metrô)
Tel: 11 3251-5644
R$15,00 (valor inteiro) e R$ 7 (estudantes com identificação da instituição)
Entrada gratuita ao público somente às terças-feiras
Menores de 10 e maiores de 60 anos não pagam

Por Thais Polimeni, texto e fotos

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Na Selva das Cidades

Em cartaz até domingo, 22 de novembro, a peça "Na Selva das Cidades", encenada pela cia. Teatro do Incêndio, comemora 40 anos da primeira montagem apresentada pela primeira vez no Brasil, pelo Teatro Oficina.

No palco, 13 atores interpretam o complexo texto de Bertolt Brecht. Sim, é complexo. Não adianta falar que é uma peça de fácil entendimento, porque não é. Brecht fala sobre a essência do ser humano (nem sempre exemplar), sobre política, sobre o cotidiano. Sua obra nos faz leva à reflexão. Portanto, vez ou outra a gente perde o fio condutor do texto e acabamos viajando em nossos pensamentos. Mas isso não é nenhum problema, pois a montagem da cia. Teatro do Incêndio não nos deixa desinteressados em nenhum momento. O cenário, o figurino, a música (originalmente composta com uma boa dose de rock pesado e executadas ao vivo!), a plasticidade... Tudo contribui para que a peça seja completa e represente fielmente a obra de Brecht.

Vale a pena aproveitar o feriadão pra ver uma peça de altíssima qualidade e ótimo preço.

Clique aqui e veja mais fotos da peça!



FICHA TECNICA
Autor: Bertolt Brecht
Direção: Marcelo Marcus Fonseca
Direção musical e trilha original: João Urbílio
Figurinos: Liz Reis, Fernanda Ruivo e Renan Serrano
Cenografia: Sergio Ricardo e Marcelo Marcus Fonseca
Iluminação: Renato Lopes e Marcelo Marcus Fonseca
Fotos: Pya Lima
Maquiagem: Ivon Mendes
Projeto gráfico: Giuliano Henrique de Carvalho e Valeria Santos
Elenco: Liz Reis, Rene Ramos, Wanderley Martins, Marcelo Marcus Fonseca, Zaira B. Alves, Ivon Mendes, João Urbílio, Valdir Zanquini, Nader Ghosn, Fabiana Vajman, Sergio Ricardo, Thiago Molfi, Ricardo Mancini
Produção e Realização: Cia Teatro do Incêndio

Informação para imprensa
Teatro do Incêndio
Elizabeth Carvalho
naselvadascidades@hotmail.com
Cel: 55 11 7549 8497
Tel: 55 11 3801 2394

Na Selva das Cidades
Reestreia: 17 de outubro
Horários: Sábados às 21h e domingos às 20h
Local: Teatro Aliança Francesa (214 lug.)
Endereço: R. Gen. Jardim, 182 – Vila Buarque
Telefone: 11 2347 1055 / 11 3271 0718
Duração: 120 minutos
Estacionamento: em frente (Manhattan Park)
Temporada popular até 22 de novembro: R$ 20,00 e R$ 10,00
Acesso a deficientes físicos: sim
Recomendada para maiores de 14 anos


Por Thais Polimeni, texto e fotos

terça-feira, 17 de novembro de 2009

As Olívias Queimam o Filme

E para a alegria de todos, eis que retornam As Olívias!!! Aeee!

Pra quem não conhece, As Olívias são um grupo de teatro formado por Cristiane Wersom (Olívia Laranja), Marianna Armellini (Olívia Verde), Renata Augusto (Olívia Rosa), Sheila Friedhofer (Olívia Amarela), Victor Bittow (Diretor) e Andréa Martins (Dramaturga).

O primeiro espetáculo delas foi "As Olívias Palitam", em que eram apresentados esquetes cômicos sobre diversos temas, como: futebol (Foto - Ponte Preta-ah-ah!), maternidade (Fe-li-pê!), dúvidas obscuras (Quitéria! Pã! Pã! Pã!), história do Brasil ("Taí, "Independência!", demorô! Se pá, vou fazer uma facul!"), entre muitos outros, além de paródias hilárias de clássicos como "Total Eclipse of the heart".

No começo e no final da peça, havia o quadro "Palitam". Nele, as 4 Olívias conversavam sobre um assunto sugerido pelo diretor e pela plateia. Tudo improvisado, tudo regado a boas gargalhadas!

Enquanto "As Olívias Palitam" não volta para os palcos, o grupo preparou um presente bacaníssimo para o público. Antenadas com a evolução da web 2.0, elas criaram uma série de vídeos com ideias e histórias sugeridas durante suas reuniões: "Dizem por aí que mulher fala pelos cotovelos. No nosso caso, sempre foi assim. Manter o foco nas reuniões d´As Olívias é uma tarefa complicadíssima. Uma quer falar do sonho que teve. A outra contar uma cena bizarra que viu na rua. Ou ainda narrar a história inacreditável que aconteceu com uma amiga (sempre uma amiga, né?). Quase tudo isso vira material pros espetáculos, mas um dia notamos que várias dessas ideias não caberiam no palco. Foi assim que nasceu o projeto da série As Olívias Queimam o Filme", confessam elas em um dos posts do blog.

Os vídeos são postados semanalmente no Youtube e divulgados por e-mail-marketing, Twitter, blog e no próprio canal delas no Youtube.

Confira abaixo os dois primeiros vídeos:

Vídeo 1 - Muita coisa na cabeça, com Rafinha Bastos




Vídeo 2 - Tô devolvendo



O próximo vídeo será postado dia 24 de novembro. Então inscrevam-se no Canal As Olívias no Youtube ou no mailing delas!

Nem preciso dizer que eu super-recomendo, né?! Assistam, divulguem, viralizem!

-- FICHA TÉCNICA --

CRIAÇÃO
Andréa Martins (roteiro)
Cristiane Wersom
Marianna Armellini
Renata Augusto
Sheila Friedhofer
Victor Bittow (direção artística)

EQUIPE DE EXTERNA
Direção - Daniel Nascimento
Ass. Direção - Victor Bittow
Coord. Produção - Thiago Montelli
Ass. Produção - Paola Fernandes
Direção de Fotografia - Flávio Murilo
Direção de Arte / Figurino - As Olívias
Op. Microfone - Celio dos Santos
Eletricista - Marcelo Marujo (Melão)

EDIÇÃO E FINALIZAÇÃO
Edição - Daniel Nascimento
Finalização - Daniel Nascimento, Thiago Montelli
Color correction - Thiago Montelli
Sound Desinger - Adriano Castanheira (69)
Criação Gráfica Vinheta - Daniel Barros / Daniel Nascimento / Victor Bittow

PRODUÇÃO
Produção Executiva - As Olívias
Coord. Produção - Thiago Montelli
Ass. Produção - Paola Fernandes
Texto - As Olívias
Roteiro - Andrea Martins

REALIZAÇÃO
As Olívias Produções Artísticas
TJ Produções

Por Thais Polimeni

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Michael Jackson’s - This is It

Absolvição: essa é a ideia que o filme “Michael Jackson’s - This is It” passa aos espectadores após a morte do rei do pop.

A vida do astro nos últimos 10 anos foi cercada de especulações, sensacionalismo e polêmica, fazendo com que muito do que foi produzido de bom tivesse sido esquecido. Mas pelo visto, MJ sabia do seu legado e queria mostrar porque tinha chegado aonde chegou.

A produção da turnê, apesar de nunca ter sido feita, mostrada no filme impressiona tanto pelo gigantismo quanto pela preocupação incessante com os detalhes. Os dançarinos e músicos são os melhores. A parafernália estrutural e visual de primeira, tudo suportada por muita criatividade na definição dos conteúdos. De dançarinos surgindo do chão até reprodução de um exército deles nas telas com ajuda da mais alta tecnologia visual: tudo é acompanhado de perto por Michael, que palpita em todos os processos e mostra que realmente ainda estava em dia com sua arte.

Um dos pontos altos da produção é a homenagem que o ídolo faria ao extinto Jackson’s Five, onde todo o palco recebe um design visual psicodélico enquanto ele canta na companhia de outros 4 cantores. Ninguém da família. Imagens de um Michael novo e cheio de vida, ainda negro e de Black Power, foram usadas na edição da película, alimentando o saudosismo do espectador e relembrando os momentos áureos do início de carreira e ascensão ao estrelato.

Outro momento interessante do filme é quando MJ passa a participar de uma cena do clássico do cinema Gilda. Ele assume o papel de Ballin e é perseguido por autoridades. Essa encenação, com direito a troca de tiros e vidros quebrados, é usada como introdução para Smooth Criminal. Essas cenas inspiraram algumas pessoas a pensar que Michael ainda estaria vivo, já que no filme, Ballin finge sua morte para depois ressurgir.

MJ impressiona pela boa forma, pela voz e pela dança. Com sua personalidade aparentemente frágil, zela e pede para que todos se preocupem juntos com o show que muita gente estava esperando para ver. Especialmente ele mesmo.

Muitos dizem que essa turnê seria feita para arrecadar dinheiro e quitar dívidas. Outros simplesmente afirmam que seria vergonhoso ver um idoso deformado no palco tentando reviver o sucesso. Recomendo que assistam ao filme e tirem suas conclusões. Mas já afirmo aqui a minha: Michael Jackson queria lembrar o mundo do que ele era capaz, lembrar a todos o que ele já tinha feito. Queria limpar seu nome, queria honrar a coroa que recebeu pela carreira.

Sua morte impediu que ele o fizesse, mas o filme alcança seu objetivo e lhe dá o mesmo que a justiça americana lhe deu nas acusações que recebeu há alguns anos: a absolvição.

Michael Jackson – Gilda


Por Marcio Moreira, publicitário e leitor do Cult Cultura

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Comédia em pé

Sempre que eu vou a peças de teatro, eu tento não criar expectativas e ir com a mente aberta, mesmo. Principalmente quando é comédia. Dizem que é mais difícil fazer rir do que fazer chorar, né? Por isso eu admiro muito os comediantes, em especial aqueles que fazem TODOS rir, que não deixam ninguém desconfortável por causa de piadas apelativas.

E, seguindo essa filosofia, eu até que tenho tido ótimas surpresas. Na sexta-feira passada, eu fui assistir ao grupo Comédia em Pé. Sim, é um grupo famoso de stand-up comedy, o pioneiro no gênero, aliás.

E eles são muuuito bons. Inclusive eu acredito fortemente que, mesmo se eu tivesse criado muita expectativa, eles não teriam me decepcionado. Claudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Fernando Caruso, Léo Lins, Paulo Carvalho e mais um convidado especial (na última sexta-feira, foi o músico Léo Jaime) fazem a gente rir do começo ao fim! Eles falam do cotidiano de um jeito muito divertido. Depois do espetáculo, você realmente começa a enxergar o mundo de uma maneira mais bem-humorada.

É claro que tem muita gente que tem um certo preconceito com as "modinhas" e com tudo o que faz sucesso, mas eu recomendo espetáculos de stand-up pra todo mundo. Principalmente pra esse pessoal, aí. Certamente eles darão boas gargalhadas com situações pelas quais eles já presenciaram.

Só para situar quem nunca foi a alguma peça de stand-up, finalizo este post com uma explicação bem clara, de Claudio Torres: "é um formato de espetáculo de humor despojado, que reúne um bando de sujeitos com cara-de-pau suficiente para se apresentar sem o apoio de maquiagem, figurino, luz ou atores coadjuvantes. São humoristas que atuam de pé, diante da platéia, na companhia apenas do microfone e do seu texto".

Na foto acima: Fábio Porchat. O cara é E X C E L E N T E ! Mas, gente, como ele se mexe no palco! Sim, isso é ótimo, pois a plateia não para de rir. Só que só saem borrões nas fotos! Essa foto aí, com ele paradinho, deve ser uma raridade para os fotógrafos!


Comédia em Pé
Até 20 de dezembro de 2009
Sextas e sábados às 21h30 e domingo às 19h30
Teatro das Artes (Shopping Eldorado – 3º piso) – Av. Rebouças, 3970
Ingressos: R$ 50,00 (quintas e sextas) e R$ 60,00 (sábados e domingos).
Indicação etária: 14 anos.

Ficha técnica
Texto, direção e atuação: Claudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Fernando Caruso, Léo Lins e Paulo Carvalho.
Duração: 70 minutos.
contato@comediaempe.com.br.
www.comediaempe.com.br

Teatro das Artes
(Shopping Eldorado – 3º piso)
Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros.
Tel: (11) 3034-0075.
Capacidade: 743 lugares.
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a domingo a partir das 14h às 20h.
Aceita os cartões: Visa, Máster e Diners.
Possui acesso para deficientes e ar condicionado.

Assessoria de Imprensa
ARTEPLURAL Comunicação
Jornalista responsável – Fernanda Teixeira
MTb-SP: 21.718 – tel (11) 3885-3671 / 9948-5355
fernanda@artepluralweb.com.br
www.artepluralweb.com.br

Por Thais Polimeni, texto e fotos

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cultura como ferramenta de Comunicação

No dia 28 de outubro deste ano, eu e o Leo (Leonardo Cássio) apresentamos um workshop com o tema "Cultura como ferramenta de Comunicação" no IV Encontro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie (mais conhecido como "Semana de Comunicação").

Foi uma experiência incrível. Quando fomos convidados para fazer essa apresentação, quase nem acreditamos. Ao participarmos desse workshop, iríamos ajudar na formação de futuros publicitários, diretores de marketing, produtores culturais... Profissionais que poderão investir em projetos culturais e incentivar o desenvolvimento da cultura brasileira. Não havia dúvidas: aceitamos de prontidão.

Demos um panorama geral sobre as áreas de cultura, marketing cultural e leis de incentivo. Apresentamos dados do mercado e contamos algumas experiências com projetos culturais.

Ao final do workshop, alguns alunos vieram conversar com a gente, tirar dúvidas, pedir conselhos... Nos sentimos tops! Hahaha

Sim, estar à frente de uma sala de estudantes universitários (lembrando que éramos nós que estávamos naquelas cadeiras há poucos anos) dá muito frio na barriga. Mas quando a gente percebe que o objetivo foi atingido, a satisfação é enorme. Uma delícia. Queremos mais! ;-)

Agradecimentos especiais à professora Fernanda Nardy, da Universidade Mackenzie.

Por Thais Polimeni

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lançamento de CD em Sampa

A Banda Gentileza, sexteto curitibano que toca valsa, música caipira, bolero, leste europeu e samba com o fio condutor do rock, lançará seu disco de estreia em São Paulo neste sábado, 14 de novembro, no Espaço + Soma.

O Espaço + Soma Espaço é uma galeria de arte que fica na Vila Madalena. A Banda irá tocar em um palco montado entre quadros e obras de arte. Ao lado de todo esse clima aconhegante, o local ainda tem um café (com bolos e bolachas) e uma lojinha de produtos descolados.

O produtor do disco, Plínio Profeta, fará uma participação especial no show. Ele já ganhou um Grammy Latino e tocou com artistas como Lenine, Pedro Luís e a Parede, Fernanda Abreu, Lucas Santtana, entre muitos outros.

Como bons representantes da nova geração de artistas, a Banda Gentileza disponibilizou o disco inteiro para download. É só clicar e baixar: clique aqui

Apareçam!


Banda Gentileza
Show de lançamento do CD
Dia 14/11 - sábado - 20h
R$10,00
Espaço +Soma
Rua Fidalga, 98 - Vila Madalena

Por Thais Polimeni

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Maquinaria

Sábado (07/11) foi um dia diferente em São Paulo. Sol forte, calor.

Ali na Zona Sul da Capital, na Avenida Francisco Morato fica a Chácara do Jóquey, local que se estabeleceu como palco para grandes shows e festivais.

Por volta das 15h30, as imediações do local estavam movimentadas, o trânsito lento sentido Centro-Bairro da Francisco Morato. Porém, a entrada estava “suave” e lá, lá de dentro ouvia-se a percussão da Nação Zumbi mandando brasa. Um pouco antes da minha entrada, os muros do local pareciam não resistir às macetadas do Sepultura, que entraram no palco com um público relativamente pequeno, mas que se aglomerou frente ao palco principal para curtir a porrada da banda.

Fim do show do Sepultura e a galera estava atenciosa esperando o Deftones. Antes, uma geral para conferir o local. Banheiro cheio, mas utilizável. Cerveja cara (bem cara, como sempre!), mas sem muito sofrimento para pegá-las. Além disso, área para comes, bancas de camisetas, espaço lounge para descanso. Estava bom. E eis que surge o Deftones.

Catarse dos fãs, histeria entre os mais alucinados. Bate cabeça para lá e para cá. Muita poeira subindo, o gramado sendo pisoteado sem dó. O calor aumentou incessantemente. Chino Moreno, vocalista da veterana banda, soltou seus gritos nervosos, ficou frente a frente com a plateia em uma das músicas e convenceu a galera. Do setlist, pontos positivos para Hexagram e Passenger e de ponto negativo, a ausência de Back to School. Fim do show: era a vez do Jane’s Addiction.

Entre os intervalos das grandes bandas que estavam no palco principal, ocorreram shows em um palco menor, chamado MySpace, com destaque para uma apresentação dos Brothers Suplicy e João, a para uma banda bem estranha chamada Sayowa.

Após o show do Deftones, o Jane’s pegou um público interessado, mas um tanto baleado pelo show anterior. Perry Farrel, o vocalista, entrou com um figurino brilhante e bem entusiasmado, o que chamou a atenção dos espectadores. Fato é que, de todas as banda,s o Jane’s era a que tinha as músicas menos conhecidas, o que culminou em certo desinteresse de uma parte do público. Uma pena, o show foi bom, mas aquém dos outros.

Mas a bagaceira da noite estava por vir. O grande nome do evento era o Faith no More e a expectativa em torno deles era grande. Sobe, então, um tal de Mike Patton, deveras conhecido ai por suas apresentações, com um terno vermelho e um guarda chuva, enquanto a competente banda desfia uma bossa nova ou sei lá que diabo era aquilo. Pronto. Sabíamos que o show seria fascinante. Como de praxe, o Patton era só simpatia brincando com o público e, apesar da longa de pausa de mais de uma década, os músicos estavam em plena forma, assim como a voz de Patton permanece potente e inabalável.

Ouvimos Easy, Epic e tantas outras canções memoráveis. Pois é, os caras são bons. Um desfecho de dia maravilhoso, com um dos melhores sons que o mundo já produziu. Exagero? Pode ser. Mas só quem esteve lá pode falar exatamente.

No dia seguinte, domingo (08/11) teve Maquinaria também. A banda do dia era o Evanescence. Eu não fui, precisava me recuperar. Mas não tem problema. Vamos esperar a edição do ano que vem!



Por Leonardo Cássio

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vai desabar!

Todo domingo, a partir das 22h, em São Paulo, rola a festa "Gambiarra".

É uma festa maaaravilhosa, com música boa demais e gente de um astral ótimo.

Criada em 2008 por 6 amigos envolvidos com teatro, a Gambiarra reúne a classe artística para dançar, comemorar estreias, reestreias, enfim... Para se divertir no último dia de trabalho da semana dos artistas: o Domingo.

As músicas que tocam na Gambiarra são totalmente ecléticas. Vão desde Madonna até Seu Jorge, passando pelos hits da "Bagaceira": Sandy e Junior, Twister, Rouge, Kelly Key...

A música que não pode faltar é "Vai desabar", do Gero Camilo. Essa música é tradicional da festa. A galera vai ao delírio quando ela toca. Talvez porque o desejo de todos fosse que desabasse muuuita água!

Por mais ventilador ou ar condicionado que tenha no ambiente, a temperatura da Gambiarra é mais alta do que em qualquer outra festa. Da última vez que eu fui com meus amigos, a gente chegou à conclusão de que isso acontece por causa da energia do pessoal. Não há outra explicação! Não é todo dia que a gente sai de uma festa, entra no carro, e os vidros começam a embaçar imediatamente! Hahaha. É uma energia ótima, só indo pra conferir!

Recomendo pra todo mundo. Música muuuito boa e pessoas do bem.

Vale a pena sacrificar a segunda-feira!!!

Para mais informações (como onde será o local da próxima festa, valores, etc): www.gambiarraafesta.com.br

Por Thais Polimeni

domingo, 8 de novembro de 2009

Gatos em Porto Alegre

Sempre ouvi falar muito de Porto Alegre. Tenho uma amiga de infância está morando lá, tenho outra amiga que vai pra lá direto e conheço várias gaúchas superbacanas que moram na capital.

Uma dessas gaúchas é a Ana Guerra, que alimenta o site Mundo Cult. Conheci o site esses dias, curiosamente, via Twitter!

O Mundo Cult é fofíssimo, o layout é super bem organizado e os temas postados são excelentes. Lá elas falam sobre música, artes pláticas, seriado, astrologia... Vale a pena acessar e acompanhar!

Agora o Mundo Cult está apoiando uma exposição fotográfica que é a cara do site: "Felinidades", de Giane Portal. São fotos lindas que Giane Portal flagrou do cotidianos de seus gatos e de gatos de amigos. Suas fotos já foram utilizadas em publicações de diversos países, como Japão, Austrália, Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Brasil.

A abertura da exposição será dia 10 de novembro, terça-feira, no Café do Porto.

Quem estiver por perto, não perca!

Exposição “Felinidades”
Abertura: 10 de novembro de 2009, às 20h.
Visitação até 20 de novembro.
Café do Porto – Rua Padre Chagas, 293 - Porto Alegre
Apoio: Mundo Cult, Beta Imagens e Pet & Gato.

Por Thais Polimeni

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hoje é dia de Poesia!

Mensalmente, a Casa das Rosas, em parceria com a Escrituras Editora, promove a Quinta Poética, um grande encontro dos amantes da boa poesia, com a presença de poetas convidados e de um jovem poeta, que tem a oportunidade de apresentar seu trabalho.

Os poetas convidados deste mês de outubro são Raimundo Gadelha, João de Jesus Paes Loureiro, Rubens Jardim, Ricardo Kelmer e Moacir Bedê.

Atenção especial para o jovem poeta Günther Krähenbühl. Ele cursa o sexto ano de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, já ganhou diversos prêmios e participou de antologias. Seu mais recente livro, “O Fantástico Realismo das Três Filhas de Jairo”, está em processo de edição pela Editora Person, com previsão de lançamento para o início de 2010.

Vida longa para a poesia!!!

Quinta Poética
29 de outubro, 19h
Casa das Rosas
Av. Paulista, 37

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reestreia: Cidade Desmanche

Um baile com músicas pra dançar juntinho, rosto colado, um pra lá, um pra cá. É assim que começa a peça "Cidade Desmanche", do Teatro de Narradores.

Sem serem invasivos, os atores convidam a plateia a dançar com eles e, ao pé do ouvido, contam um pouco da história de seu personagem.

A peça acontece em todos os ambientes do Espaço Maquinária, situado à famosa Rua 13 de maio, na Bela Vista, centro de São Paulo. Por 4 salas, uma varanda e um terraço a plateia transita durante os 90 minutos da apresentação.


São 7 atores e 2 músicos em cena, que vivem histórias sobre a vida dos moradores no centro da cidade de São Paulo. Entre imigrantes, travesti, ex-presidiário e militante, os personagens representam os socialmente excluídos e mostram seu cotidiano da forma mais íntima e singular.

Apesar dos temas aparentarem ser pesados e polêmicos, a segurança e a leveza dos atores e músicos criam um clima bastante agradável de assistir! A dinâmica do espetáculo, com interação e projeções de vídeo na parede dos prédios ao redor e das casas na rua 13 de maio (a peça é parte do projeto Teatro em Transe, um diálogo entre Glauber Rocha e grandes nomes do teatro) também contribuem para que "Cidade Desmanche" se renove a cada dia, como o imprevisível cotidiano de seus personagens.


SINOPSE PARA IMPRENSA
Com dupla narração, a peça conta a história de Nelson, um ex-presidiário que sai da prisão e parte a uma busca sem fim por sua antiga companheira, Helenice, em uma cidade que já não reconhece. E de Coreano, um homem que integra um esquema de falsificação de documentos e manutenção ilegal de bolivianos na cidade.

FICHA TÉCNICA
Criação Coletiva – Grupo Teatro de Narradores.
Direção e Dramaturgia – José Fernando Azevedo.
Elenco – Benito Karmonah, Conrado Caputto, João Paulo Azevedo, Lívia Camargo, Lucélia Sérgio, Teth Maiello, Welton Santos.
Direção Musical – Bruno Monteiro.
Músicos – Ricardo Pesce, Cristiano Bacelar.
Direção de Arte – Cristiane Cortilio.
Desenho de Luz – Lúcia Galvão.
Produção Executiva – Odara Carvalho.
Fotografia – Barbara Campos.
Programação Visual – Fernando Bergamini.
Secretaria – Liliane Alves.


SERVIÇO
Cidade Desmanche

De 24/10/09 até 15/11/09
Sábados 21h e Domingos 20h
Duração – 90 minutos.
Espetáculo recomendável para maiores de 14 anos.
Temporada – Sábados às 21 horas e domingos às 20 horas.
Ingressos – R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha e terceira idade).

ESPAÇO MAQUINARIA

Rua Treze de Maio 240, 2º andar – Bela Vista.
Estacionamento próximo ao teatro: R$15,00.
Telefone: (11) 3853-3651.
Bilheteria abre uma hora antes do início de cada apresentação.
Capacidade – 30 lugares.
www.teatrodenarradores.com.br


Por Thais Polimeni

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Apocalipse Now

Alguns leitores deste blog podem não ter assistido ao épico filme Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola (EUA, 1979), no entanto quase nenhum não ouviu pelo menos uma vez na vida o nome do longa-metragem.

O filme é um retrato da Guerra do Vietnã, a partir da ótica do capitão Willard (Martin Sheen) e de sua saga até chegar ao Camboja, onde ele deveria acabar com o ex-coronel norteamericano Walter Kurtz, interpretado de maneira impecável por nada menos que Marlon Brando.

Kurtz, após desertar o exército americano, montou um “vilarejo”, uma espécie de governo paralelo (se é que se pode chamar aquilo de governo...). No lugar havia corpos, ossos e sangue espalhados por todos os lados e centenas de vietcongues que apoiavam o Coronel.

Willard foi recrutado pelo serviço de inteligência estadunidense (entre os militares que o recrutaram está Harrison Ford, ainda sem rugas!), e contou com a ajuda de quatro oficias para atravessar o Vietnã e chegar ao Camboja: Chief Phillips (Albert Hall), Chef (Frederic Forrest), Lance Johnson (Sam Bottoms) e Tyrone 'Clean' Miller (Laurence Fishburne, o Morpheus de Matrix, que nesse filme deveria ter uns 15 anos no máximo).

Durante o percurso, Willard acompanhava com atenção as loucuras que o conflito causava nos combatentes. O General aloprado que surfava em meio a bombas, o assassinato de inocentes sem clemência pelos soldados, a sujeira, o caos, o HORROR... Enfim, todo lado obscuro do ser humano, revelado por uma guerra, que a exemplo de outras, é injustificável.

Bem, o filme é por si só um presente para cinéfilos e não-cinéfilos. Vencedor do Oscar de melhor fotografia e som, além de outras indicações, incluindo de melhor filme e direção, “Apocalipse Now” tem dois outros pontos altos: primeiro, os bastidores do longa foram um capítulo à parte, com direito a um documentário para mostrar a insanidade que foi a filmagem; segundo por tratar de um assunto que incomoda ainda hoje muito americano. Apocalipse Now é de 1979, mais ou menos quatro anos após o cessar fogo definitivo. A opinião pública ainda estava em alvoroço por causa da entrada do país numa guerra que teve como pretexto o alinhamento do Vietnã do Norte com o comunismo e o bombardeio de dois de seus navios que trafegavam pela região, o USS Maddox e USS C.Turney Joy.

Pois bem, de 2000 para cá, quantas vezes isso se repetiu? Afeganistão, Iraque... Quem sabe agora Irã e Coréia do Norte. A política armada estadunidense nunca mudou e dificilmente mudará e Apocalipse Now foi um dos poucos filmes que demonstrou, da maneira mais honesta, os dois lados de um conflito e o HORROR por ele causado. Quem assistiu a Pearl Harbor entende perfeitamente. Os americanos perderam o conflito, este que, aliás, serviu de pretexto para a entrada do país na Segunda Guerra. No entanto, quem saiu moralmente vitorioso foram eles próprios (na figura de Ben Affleck).

Apocalipse Now não foi importante apenas como um filme, como uma expressão artística. Foi mais. Coppola teve a coragem de retratar um assunto que tirou o sono do governo americano, de uma forma que, se não foi o mais honesto possível, chegou perto. Ou será que as pessoas acham que o que aparece nos filmes do Rambo é verdadeiro?

Para finalizar, não poderia deixar de citar a música-tema do filme, The End, do The Doors. Escolha muito feliz. Além de ser um clássico, reflete bem o espírito do filme. Torçamos para que as próximas trilhas sonoras sejam mais felizes. Valeu, Coppola!


Por Leonardo Cassio

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aniversário de Vinícius de Moraes

O Poetinha, como ficou carinhosamente conhecido o grande Vinícius de Moraes, completaria 96 anos na próxima segunda-feira, 19 de outubro.


Carioca, Vinícius de Moraes veio de uma família de artistas. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, era poeta e violinista amador, e Lidia Cruz, sua mãe, era pianista amadora. Recebeu deles a paixão pela arte. E sua combinação com a inerente paixão pela vida o tornou um artista.

Enquanto diplomata fez o mundo inteiro conhecer a criatividade, a generosidade e a musicalidade brasileira. Muitas vezes foi incompreendido por seus colegas de direito, mas ao invés de dificultar seu trabalho, isso o inspirou a compor canções e poesias sobre as posturas diplomáticas.

A obra de Vinícius de Moraes é extensa e, para homenageá-lo, será realizada uma apresentação no All of Jazz, no dia de seu aniversário, na próxima segunda-feira, 19 de outubro, com grandes composições do Poetinha.

O show é conduzido por Ana Gilli (voz), Leandro Brenner (violão e direção musical), Fernando Silveira (percussão) e Marina Franco (leitura de poemas) que, juntos, têm feito uma intensa pesquisa sobre a vida e a obra de Vinícius de Moraes:


“Há dois anos recebi um convite para fazer uma homenagem a Vinícius de Moraes. Ao começar estes estudos junto aos meus parceiros, descobrimos uma variedade artística imensa no trabalho de Vinícius. Ao apresentar um pouco desta pesquisa em nossos shows percebemos o quanto ela atinge a todas as pessoas de todas as gerações e classes sociais. Há muito o que contar e cantar a respeito deste generoso artista”, ressalta Ana Gilli, atriz e cantora.

Com uma voz deliciosa e uma teatralidade que lhe é peculiar, Ana Gilli presenteia o público com interessantíssimas histórias da trajetória do mestre.

Vale a pena participar desse momento e relembrar – ou conhecer – o maravilhoso trabalho deste grande maestro das transformações da Música Popular Brasileira.

Serviço
Como dizia o Poeta
Tributo a Vinícius de Moraes
19 de outubro – 22h
All of Jazz - http://www.allofjazz.com.br/
Rua João Cachoeira, 1366
(11) 3849 1345
R$20,00 (R$10,00 consumíveis)

Ficha Técnica

Ana Gilli - http://www.myspace.com/anagillicantora/
Leandro Brenner (violão e direção musical)
Fernando Silveira (percussão) Marina Franco (leitura de poemas)
Marketing e Comunicação: contato@cultcultura.com.br

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Trilhas de Tarantino

Cansado de tanto trabalho, Quentin Tarantino cancelou sua visita ao Brasil para lançar seu mais recente filme: “Bastardos Inglórios”.

Para os fãs do cineasta, uma boa notícia: a revista Billboard Brasil chega às bancas hoje (14 de outubro) e traz em sua primeira edição uma entrevista exclusiva com o diretor de Pulp Fiction e Kill Bill. Ele conta como se dá o processo de escolha das trilhas sonoras de seus filmes, o caminho utilizado para a seleção musical de “Bastardos Inglórios” e fala sobre sua sala de discos, um espaço onde separa todo o seu acervo de vinis por artistas, décadas e subgêneros.

A primeira edição da versão brasileira da publicação considerada a “Bíblia da música mundial” traz na capa (foto) o rei Roberto Carlos, além de reportagem sobre todos os gêneros musicais, entrevistas, perfis, análises e os primeiros e aguardados rankings das músicas mais tocadas nas rádios de todo território nacional.

Assessoria de Imprensa: Boischio Comunicação

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A mídia na sociedade do espetáculo

Em 1967, na sempre efervescente Paris, um cara que se definia como um “doutor em nada” lançou um dos mais polêmicos e aterrorizantes livros do século passado: A Sociedade do Espetáculo (La Société du Spectacle).

Guy Debord, o tal do doutor em nada, foi o responsável por uma densa teoria que critica, entre outras coisas, o “espetáculo” propiciado pelos meios de produção modernos, a economia, a política e principalmente pelos meios de comunicação em massa.

Como agitador social e líder do Movimento Internacional Situacionista — fundado na Itália, e que ganhou maior visibilidade em maio de 1968, ano da grande greve — foi um perspicaz observador da sociedade como um todo, tratando de temas que vão desde as relações de trabalho até a produção cultural da época.

Foi um grande contestador, entusiasta revolucionário, que com sagacidade produziu uma obra devastadora. Sociedade do Espetáculo é um livro marco. Quem resolve encará-lo necessita de bastante paciência, uma vez que a tese é de difícil digestão e por que é, de fato, um assunto incômodo.

Debord traça com doses surreais o mundo em que vivemos (a afirmação é válida, apesar da “idade” do livro, já que a sociedade de consumo se intensificou daquele tempo para cá) e toda a farsa, que segundo ele, aliena, manipula e desumaniza os seres.

A imposição do consumo, razão de viver do capitalismo sobrepõe-se as relações humanas, ao pensar. Neste cenário, o que mais importa é ter, e não ser, tornando os objetos de consumo em seres que merecem contemplação. Assim, a publicidade, a comunicação, as ciências econômicas e etc, trabalham em prol de um mundo permeado pelas imagens, um mundo ilusório, que disfarça as grandes mazelas, ou “aquilo que somos”.

Esse mundo “fachada” em que vivemos constrói-se com a exploração dos indivíduos alienados, com a massa incapaz, devido à supressão do dia-a-dia, de questionar o que ocorre, tornando o atordoante quadro em algo natural.

O tempo, o conhecimento, a inteligência, o tempo livre são os grandes inimigos da Sociedade do Espetáculo. Para ela o importante é o comprar, o consumir, nunca o divertir, estudar, refletir. Quem ganha com isso? Como sempre um pequeno grupo que detêm o poder, as informações, o capital. E o pior de tudo é que o autor não é nada otimista com relação ao futuro...

Guy Debord morreu em 1994 e sua morte foi pouco noticiada pela mídia de quem ele tanto falou. Em uma das teses Debord afirma que no Espetáculo aquilo que não foi noticiado não existe. Ainda bem que seu livro ficou, senão ele seria mais dos tantos que inexistem nesse mundo.

Por Leonardo Cassio

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Música da Bahia

Esse intercâmbio de informações e talentos é o que faz diferença na área cultural. Há alguns meses, recebi um e-mail surpreendente da Janaina Costa, produtora cultural de Salvador. Ela foi entrevistada pelo sr. Zózimo, jornalista e proprietário do blog Geração Supernova, onde ele fala sobre a nova geração de bandas, músicos e cantoras brasileiras.

Janaina acessou o Geração Supernova e viu o Cult Cultura entre os blogs seguidos pelo sr. Zózimo: "[O blog de vocês] me chamou atenção porque temos a mesma temática de comunicação, só que em cidades diferentes. Resolvi "segui-los", para ficar sempre por dentro do que rola nesta cidade que respira cultura e arte (VIVA SAMPA)".

Bom, só de ter elogiado Sampa, já ganhou muitos pontos!

Temos mantido contato (não tanto quanto eu gostaria, porque eu amo São Paulo, mas reconheço que o dia aqui tem bem menos de 24 horas. A gente corre muito!!!), trocando informações sobre cultura em São Paulo e Salvador.

Para os paulistanos que acham que em Salvador só tem carnaval, vale a pena conferir a produção cultural da Janaina. Entre as cantoras que ela produz, está Clécia Queiroz que, além de cantora, é atriz e dançarina. Clécia realizará um show em Salvador na próxima semana, dia 15 de outubro.

O show se chama "Samba de Roque": "O título que dá nome ao CD e ao show parece jogo de palavras: "Samba de Roque", “Samba de Roda”, “Rock”.... Só que não é bem assim. “Roque” é Roque Ferreira, compositor estudioso e defensor da genuína cultura dessa terra, que tem mais de 400 músicas gravadas por artistas como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Martin’ália dentre outros", informa o release.

Se você estiver looonge de Salvador, pode curtir o som de Clecia pela internet: www.myspace.com/cleciacanta

Agora, se você for o sortudo de estar em Salvador no dia 15, não perca:

Clécia Queiroz “Samba de Roque”
Teatro ACBEU (Corredor da Vitória)
15/10/09 (Quinta-feira) – 20:30 horas
R$ 20,00 (inteira) – R$ 10,00 (meia)

Por Thais Polimeni