terça-feira, 10 de novembro de 2009

Maquinaria

Sábado (07/11) foi um dia diferente em São Paulo. Sol forte, calor.

Ali na Zona Sul da Capital, na Avenida Francisco Morato fica a Chácara do Jóquey, local que se estabeleceu como palco para grandes shows e festivais.

Por volta das 15h30, as imediações do local estavam movimentadas, o trânsito lento sentido Centro-Bairro da Francisco Morato. Porém, a entrada estava “suave” e lá, lá de dentro ouvia-se a percussão da Nação Zumbi mandando brasa. Um pouco antes da minha entrada, os muros do local pareciam não resistir às macetadas do Sepultura, que entraram no palco com um público relativamente pequeno, mas que se aglomerou frente ao palco principal para curtir a porrada da banda.

Fim do show do Sepultura e a galera estava atenciosa esperando o Deftones. Antes, uma geral para conferir o local. Banheiro cheio, mas utilizável. Cerveja cara (bem cara, como sempre!), mas sem muito sofrimento para pegá-las. Além disso, área para comes, bancas de camisetas, espaço lounge para descanso. Estava bom. E eis que surge o Deftones.

Catarse dos fãs, histeria entre os mais alucinados. Bate cabeça para lá e para cá. Muita poeira subindo, o gramado sendo pisoteado sem dó. O calor aumentou incessantemente. Chino Moreno, vocalista da veterana banda, soltou seus gritos nervosos, ficou frente a frente com a plateia em uma das músicas e convenceu a galera. Do setlist, pontos positivos para Hexagram e Passenger e de ponto negativo, a ausência de Back to School. Fim do show: era a vez do Jane’s Addiction.

Entre os intervalos das grandes bandas que estavam no palco principal, ocorreram shows em um palco menor, chamado MySpace, com destaque para uma apresentação dos Brothers Suplicy e João, a para uma banda bem estranha chamada Sayowa.

Após o show do Deftones, o Jane’s pegou um público interessado, mas um tanto baleado pelo show anterior. Perry Farrel, o vocalista, entrou com um figurino brilhante e bem entusiasmado, o que chamou a atenção dos espectadores. Fato é que, de todas as banda,s o Jane’s era a que tinha as músicas menos conhecidas, o que culminou em certo desinteresse de uma parte do público. Uma pena, o show foi bom, mas aquém dos outros.

Mas a bagaceira da noite estava por vir. O grande nome do evento era o Faith no More e a expectativa em torno deles era grande. Sobe, então, um tal de Mike Patton, deveras conhecido ai por suas apresentações, com um terno vermelho e um guarda chuva, enquanto a competente banda desfia uma bossa nova ou sei lá que diabo era aquilo. Pronto. Sabíamos que o show seria fascinante. Como de praxe, o Patton era só simpatia brincando com o público e, apesar da longa de pausa de mais de uma década, os músicos estavam em plena forma, assim como a voz de Patton permanece potente e inabalável.

Ouvimos Easy, Epic e tantas outras canções memoráveis. Pois é, os caras são bons. Um desfecho de dia maravilhoso, com um dos melhores sons que o mundo já produziu. Exagero? Pode ser. Mas só quem esteve lá pode falar exatamente.

No dia seguinte, domingo (08/11) teve Maquinaria também. A banda do dia era o Evanescence. Eu não fui, precisava me recuperar. Mas não tem problema. Vamos esperar a edição do ano que vem!



Por Leonardo Cássio

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