quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tyson

Simples como sua origem e direto como seus golpes, o documentário Tyson conta a história de um Mike Tyson aposentado, pai, e ainda em conflito com algumas das personalidades criadas por ele mesmo desde que saiu das ruas do Brooklin para o topo do mundo.

Entre delitos e prisões, Tyson conheceu um boxeador que o apresentou para o homem que mudou a sua história, Cus D'Amato.

Cus via no então garoto um grande lutador que precisaria se esforçar muito, mas que já tinha qualidades que todo campeão tem que ter. Já o jovem Tyson, vindo de uma família desestruturada, encontrou uma figura paterna que lhe a ensinou tudo de dentro e de fora dos ringues.

Desde o início narrado pelo ex-campeão mundial dos pesos pesados (e bem narrado, por incrível que possa parecer para alguns), o documentário passa por todos os altos e baixos de sua vida fazendo uma mistura entre confissões, esclarecimentos e desculpas. Na maior parte do tempo, o filme leva o espectador a se simpatizar com esse personagem público. No entanto, algumas declarações confusas e perturbadas (às vezes perturbadoras) do pugilista revelam uma pessoa que sempre esteve em conflito consigo mesmo e com suas convicções.

Logo no início do documentário, a tela é dividida em alguns quadros e em cada um deles há um Tyson falando sobre algo diferente, como as vozes que ele afirma estarem constantemente em sua cabeça. No desenrolar do filme, o destaque fica para fragmentos de grandes lutas do campeão, inclusive das quais ele saiu derrotado por motivos que ele descreve no decorrer de sua narração, e suas declarações sobre aqueles que estiveram ao seu lado para prejudicá-lo.

É um filme seco e sincero como sempre foram as declarações de Mike Tyson desde o início de sua carreira, e por este motivo o filme se torna mais relevante para fãs do esporte do que para fãs do cinema.

O documentário irá estrear no Brasil nessa sexta-feira, 29 de janeiro. Veja o trailer abaixo:



Por Marcio Moreira, publicitário e leitor do Cult Cultura

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