segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Audiovisual em questão

Mesa Redonda: O futuro do cinema. Foto: Divulgação

Está na moda falar em novas mídias hoje em dia. São cada vez mais populares sites de compartilhamento de vídeo como o YouTube, games para celular... São telas para todos os lados. Como manter produção constante e de boa qualidade para esse tipo de meio ainda é uma questão que precisa ser muito discutida.

Um dos assuntos abordados da mesa redonda “O futuro do cinema”, coordenada por Arlindo Machado, foi justamente a quebra do modelo tradicional de produção audiovisual no Brasil. Com o advento da tecnologia, fica cada vez mais fácil com que pessoas comuns possam desenvolver conteúdos razoáveis em vídeo.

Ao ser questionado sobre a grande produção de material de suposta baixa qualidade nessas condições amadoras, o cineasta Kiko Goifman citou trecho de uma entrevista dada por seu colega e documentarista Eduardo Coutinho: “É claro que 90% do que for feito vai ser ruim. Se você pegar a história do cinema, 95% dos filmes que foram produzidos não são bons”. Dessa maneira, é mais provável que, sendo maior o fluxo de produção de conteúdo, mais produtos interessantes do ponto de vista criativo e estético poderão emergir.

Arlindo salientou, no entanto, o suposto medo que a indústria do audiovisual tradicional tem em relação às novas tecnologias, visto que o arquivo digital é mais fácil de ser pirateado. Esse seria um dos maiores empecilhos para que a produção em novos formatos ainda encontre certa dificuldade de se estabelecer, na economia, como um padrão viável para os patrocinadores e investidores no meio.

Seja com produções profissionais ou amadoras, o mercado mostra-se otimista. Como ganhar dinheiro com isso (ou ao menos poder sobreviver dessa maneira) é que realmente não descobrimos ainda...


Por Carol Kaizuka

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