terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A nova indústria fonográfica

Em uma das aulas do curso de férias de Marketing Cultural que eu fiz no início do ano passado, o professor abordou o tema "Indústria fonográfica". Achei bem interessante e hoje eu li uma matéria que me fez relembrar o assunto.

Ao falarmos sobre a indústria fonográfica na internet, nós já visualizamos aquela bandeira preta com uma caveira no meio: a pirataria.

Só que o que é pirataria hoje em dia? No caso da literatura, por exemplo, diariamente recebemos textos de diferentes autores, certo? Uma amiga repassa para outra um texto cômico sobre relacionamento. O diretor repassa para o gerente um texto interessantíssimo sobre o mercado corporativo e por aí vai. Isso é pirataria? E se meu amigo me passar uma música que ele achou interessante? Um filme que ele curtiu?

Ontem a Reuters publicou uma notícia sobre uma reunião de executivos da indústria fonográfica realizada em Cannes, na França. Nela, os executivos mostraram-se otimistas em relação à internet, graças a parcerias feitas com Nokia, MySpace e Amazon.

Foi apresentada uma estatística de 2008, mostrando que 95% da música baixada da Internet, ou mais de 40 bilhões de arquivos, era ilegal.

De acordo com a reportagem, percebi que os executivos da indústria da música querem ganhar dinheiro com as novas mídias da mesma maneira que eles ganhavam sem elas: se eles vendiam cds, agora querem vender músicas pela internet.

Eu acho que deve ser diferente. Devemos começar - na verdade, já tínhamos que ter começado - a pensar fora da caixa. Essas novas mídias estão aí para facilitar a nossa vida, e não o contrário. Se não mudarmos nosso pensamento, vamos continuar insistindo no erro e não chegaremos a lugar algum.

Como mudar esse pensamento? Acredito que se ouvirmos profissionais das mais diversas áreas, isso se tornará algo simples de resolver. Pela notícia que eu li, percebi que, nessa reunião, não havia nenhum artista ou produtor: somente empresários. Talvez seja interessante conversar com produtores, estudantes e, principalmente, com os artistas: saber o que eles pensam sobre a internet, sobre as novas mídias e sobre essas mudanças. Afinal, sem eles, essa indústria fonográfica não existiria...

Notícia da Reuters: http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRSPE50I0FP20090119?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0&sp=true

Por Thais Polimeni

Um comentário:

Linuxdesk disse...

aaaeeee já virei seguidor, e seu blog está no meu blog como blos que acompanho..

bjs e ótima semana!