
Pois bem, visando quebrar esse estigma classicista é que, em 1990 foi criada a Orquestra Jazz Sinfônica. Para uns, uma forma de dar tratamento sinfônico à música popular, para outros, uma estratégia que visa o acesso da população à música clássica.
A Orquestra Jazz Sinfônica visa à reprodução da música popular mundial (com especial atenção à brasileira, claro) em moldes clássicos, tendo recebido, em seus 19 anos de trabalho, compositores e intérpretes de valiosa representatividade, como Caetano Veloso, João Bosco, Gal Costa, Nana Caymmi, entre muitos outros.
Na última sexta e sábado (12 e 13 de junho) a Jazz convidou Rodolfo Mederos, músico argentino e referência na arte de tocar o bandoneon. Juntos, deram nova roupagem ao tango, trazendo o vigor de Volver, El Caburé e El dia que me quieras para as poltronas do lotado Auditório Ibirapuera. Impossível não se sentir tocado pelos violoncelos, violinos, viola e bandoneon, todos sinceros como a vida, passionais como o tango.
Em pequeno discurso, Rodolfo Mederos fez observações sobre a realidade da música mundial, massificada pela globalização e sem identidade. Defende e reafirma a sua cultura ao apresentar o tango de forma tão íntima. Foi um espetáculo vibrante.
Mensalmente, a Orquestra Jazz Sinfônica se apresenta no Auditório Ibirapuera, sempre com novos temas e novas parcerias. Para mais informações clique aqui
Por Bárbara Pegoraro, leitora e colaboradora do Cult Cultura.
Foto do blog http://cultural.colband.blog.br
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